- Britânicos confiantes no Natal
- Otimismo reina na Ralph Lauren
- Calçado infantil perde maus odores
- Chineses compram mais luxo online
- Kenneth Cole na Men’s Wearhouse
- Mango fecha pontos de venda nos EUA
1. Britânicos confiantes no Natal
Os retalhistas britânicos estão mais confiantes em relação à época de Natal que se avizinha, com a maioria a prever um aumento do volume de negócios em comparação com o ano passado. Numa pesquisa realizada pelo Barclays, 79% indicou esperar um aumento dos negócios (apenas 72% respondeu o mesmo em 2014) e 14% prevê mesmo um crescimento superior a 10%. Relativamente à Black Friday (que acontece no próximo dia 27 de novembro), 77% pretende fazer promoções (um aumento face aos 73% no ano passado), com 69% a antecipar que as vendas subam em comparação com o ano passado. Apenas 4% espera um declínio nas vendas. Para Ian Gilmartin, diretor de retalho e mercado grossista no Barclays, «é fantástico ver a confiança esmagadora em relação à época natalícia. Quando a Black Friday começou no Reino Unido, a indústria especulava se seria apenas passageiro ou se iria permanecer. Esta pesquisa mostra que parece ter vindo para ficar».
2. Otimismo reina na Ralph Lauren
Os analistas estão otimistas em relação à performance da Ralph Lauren no segundo trimestre, apesar da gigante americana de vestuário ter registado uma quebra nos lucros e no volume de negócios. O lucro caiu 20,4%, para 160 milhões de dólares (148,5 milhões de euros), nos três meses até 26 de setembro, em comparação com 201 milhões de dólares no mesmo período do ano passado. As vendas desceram 1,3%, para 2 mil milhões de dólares, com uma quebra de 1,7% nas vendas por grosso e de 1% nas vendas a retalho. As margens brutas diminuíram 30 pontos base, para 56,5%, devido a efeitos de câmbio negativos. Apesar dos resultados, o presidente do conselho de administração e CEO, Ralph Lauren, afirmou estar «satisfeito por a empresa começar a beneficiar das nossas mais recentes iniciativas e investimentos estratégicos. Conseguimos atingir vários objetivos críticos, incluindo o lançamento mundial da Polo Sport, a implementação de uma nova estrutura mundial de marca e um forte crescimento nos nossos negócios internacionais durante o trimestre. Estou confiante que as nossas principais iniciativas estratégicas vão continuar a impulsionar o crescimento e a criar um valor significativo para os acionistas a longo prazo». Apesar da reorganização mundial acarretar custos a curto prazo – 38 milhões de dólares dos quais registados durante este trimestre –, deve representar uma poupança de 100 milhões de dólares em termos anuais, graças a poupanças de eficiência, até ao final de 2017. Segundo o analista da Conlumino Håkon Helgesen, «embora a Ralph Lauren continue em território negativo, os resultados mais recentes mostram, contudo, uma melhoria sequencial sólida face ao trimestre anterior». Em relação à estrutura mundial, o analista considera que «ainda que pressione os lucros, acreditamos que a Ralph Lauren deve ser aplaudida por adotar uma visão a longo prazo». A empresa mantém as suas previsões para o ano fiscal de 2016, com o volume de negócios a dever manter-se inalterado em termos reais e com um aumento de 3% a 5% a câmbios constantes. As margens operacionais deverão ficar ainda 180 a 230 pontos base abaixo do nível do ano passado devido a efeitos de câmbio negativos.
3. Calçado infantil perde maus odores
A marca de calçado Stride Rite está a desenvolver calçado de criança que elimina odores, numa linha que está a ser comercializada sob o epítome de tecnologia “anti mau cheiro”. A ação resulta de uma nova parceria com a Celessence Technologies, cuja tecnologia de microencapsulação de fragrâncias providencia uma solução fresca e duradoura para os maus odores que se formam no calçado das crianças. A nova tecnologia foi integrada na coleção de sandálias Made 2 Play, para a próxima primavera-verão. «Ao acrescentar microcápsulas da Celessence nos forros, as sandálias vão manter um cheiro fresco durante todo um verão de brincadeiras», afirma Gillian Meek, vice-presidente de produtos e marca. Shibani Mohindra, diretora-geral da Celessence Technologies, revela que «a nossa tecnologia é ativada através do toque, da fricção ou movimento. Quando as crianças correm e brincam, a pressão de cada passo proporciona uma explosão de frescura que elimina os odores e previne o mau cheiro». As microcápsulas são incorporadas na superfície com uma espécie de cola especial que assegura que a libertação é controlada, duradoura, acessível em termos de preço e que se mantém mesmo após as lavagens. Em muitos casos, afirma a empresa, os benefícios podem conservar-se durante todo o ciclo de vida do produto, o que representa uma diferença significativa face a tecnologias do género aplicadas a têxteis no passado.
4. Chineses compram mais luxo online
As vendas online de bens de luxo estão a crescer na China. Um novo estudo da KPMG, realizado em parceria com a retalhista online de luxo mei.com, indica que a crescente classe média chinesa está a abandonar as lojas físicas em favor das plataformas online para comprar artigos como relógios de luxo, carteiras e «outros símbolos de status». O estudo, que tem por base um inquérito a mais de 10 mil consumidores de bens de luxo, sustenta que 45% dos inquiridos prefere fazer compras de luxo em websites de comércio eletrónico. Em média, gastam 2.300 yuans (335,4 euros) em cada compra online, um aumento de quase um terço em comparação com o ano passado. As redes sociais e os smartphones estão a atrair cada vez mais compradores de artigos de luxo aos websites de compras, indica ainda o estudo. A segurança das ferramentas de pagamento online também parece tranquilizar os consumidores. Os inquiridos afirmaram estar dispostos a pagar contas até 4.200 yuans através de plataformas de pagamento disponibilizadas – no ano passado, esse valor não ultrapassava 1.900 yuans. O estudo revela igualmente que a sensibilidade dos consumidores aos preços parece estar a mudar, com quase um terço dos inquiridos a afirmar ter comprado artigos de luxo online sem desconto pelo menos uma vez. «A mudança indica que há mais fatores a pesar nas decisões de compra dos consumidores, como o facto do produto ser único e o sítio onde foi feito ou desenhado», sublinha o estudo. Uma opinião partilhada por Thibault Villet, CEO da mei.com, que acrescenta que «os preços baixos estão a ter um papel cada vez mais reduzido a impulsionar as vendas online. Os consumidores chineses podem agora viajar ou procurar através destes websites para saber qual o preço de um produto em todo o mundo». Em termos de consumo médio, as carteiras de luxo registaram o maior aumento anual (+109%), seguidas de vestuário de senhora e produtos de beleza, com aumentos de 58% e 18%, respetivamente, aponta o relatório da KPMG. Contudo, os produtos de beleza mantiveram-se no topo da lista de artigos de luxo mais populares, seguidos do calçado de senhora, carteiras e vestuário de senhora.
5. Kenneth Cole na Men’s Wearhouse
A especialista em vestuário formal Men’s Wearhouse estabeleceu uma parceria com o designer americano Kenneth Cole para lançar uma coleção especial de fatos para homem. A nova linha está a ser lançada com a etiqueta “Awearness Kenneth Cole” e parte das receitas vão contribuir para ajudar veteranos a voltarem à vida civil ativa. A gama está disponível exclusivamente na Men’s Wearhouse e online nos EUA, assim como em lojas Moores Clothing For Men no Canadá. «Como parte do nosso objetivo de ajudar as comunidades que servimos, criamos esta nova parceria com Kenneth Cole para oferecer uma linha exclusiva de vestuário de homem de designer que faz exatamente isso», sublinha o CEO da Men’s Wearhouse, Doug Ewert. Na semana passada, a Men’s Wearhouse reviu em baixa as previsões de lucro por ação para o terceiro trimestre e em termos anuais, com base no que a empresa descreveu como vendas preliminares «desapontantes». A retalhista revelou uma «significativa» debilidade nas vendas comparáveis da Jos A Bank, com o volume de negócios a cair 14,6%, consideravelmente abaixo das expectativas iniciais. Os analistas da Conlumino acreditam contudo que a marca Men’s Wearhouse, embora não seja «espetacular», continua «sólida». No entanto, acrescentam, «com as agruras resultantes da nova adição ao negócio, o grupo vai ter de trabalhar o dobro para conseguir crescer e muito mais arduamente para justificar o enorme investimento».
6. Mango fecha pontos de venda nos EUA
A Mango vai fechar 450 pontos de venda nos EUA no início do próximo ano, devido ao fim do acordo de cinco anos que tinha com JC Penney. A empresa espanhola, concorrente da Zara e da H&M, não irá renovar o contrato com a department store americana e irá fechar os pontos de venda em fevereiro, revelou um porta-voz, em confirmação de uma notícia publicada pelo website moda.es. A Mango irá manter, contudo, as suas sete lojas nos EUA, incluindo em Nova Iorque e Miami, e planeia retomar a expansão no país, focando-se nas principais cidades. O encerramento não deverá ter um grande impacto no volume de negócios da Mango, uma vez que os pontos de venda na JC Penney representam apenas 0,5% das vendas totais, segundo o porta-voz. A Mango, que é uma empresa familiar, tem lojas em mais de 100 países. O seu lucro anual caiu 11% em 2014, em resultado do investimento num plano de expansão internacional.