Breves

  1. Retalho italiano regressa ao vermelho
  2. Elétricos da BMW inspiram moda
  3. Target centra-se no canal online
  4. Amazon lança Handmade na Europa
  5. Dolce & Gabbana aponta aos millennials
  6. Produção de algodão revista em alta

1. Retalho italiano regressa ao vermelho

As vendas a retalho em Itália registaram a primeira queda mensal em julho, segundo os dados do gabinete oficial de estatística do país. As vendas a retalho baixaram 0,3% em termos mensais no sétimo mês do ano, revertendo o aumento de 0,3% registado em junho. As vendas de bens não alimentares desceram 0,5% em termos mensais, enquanto as de bens alimentares subiram 0,3%. Em termos anuais, as vendas a retalho diminuíram 0,2% em julho, depois de um ganho de 0,8% no mês anterior, e abaixo do crescimento de 0,3% previsto pelos analistas. Nos primeiros sete meses do ano, as vendas a retalho aumentaram 0,2% em valor.

2. Elétricos da BMW inspiram moda

Bebendo inspiração dos modelos automóveis BMW I3 e BMW I8, duas designers de moda lançaram uma coleção que inclui um vestido feito exclusivamente de tecidos sustentáveis feitos a partir de fibra de carbono. A BMW juntou-se com as gémeas Daniela e Annette Felder, da empresa de design londrina Felder Felder, para desenvolver esta coleção que afirmam ser sustentável. Segundo uma publicação no blogue da BMW, o “Carbon Dress”, a principal peça da coleção, inspirado na série I da BMW, foi feito a partir de fibras de carbono do programa de veículos elétricos da produtora alemã. O material em carbono representa 97% do vestido metálico cinzento, enquanto a textura e brilho únicos do material conferem um acabamento futurista, que se mantém leve e resistente. O material completamente sustentável foi criado na mesma fábrica que produz fibra de carbono para a BMW e esta é a segunda vez que as designers colaboraram com o BMW I para criar uma coleção ecológica e sustentável.

3. Target centra-se no canal online

A Target Corp anunciou que o seu diretor digital deixou a empresa numa altura em que a retalhista está a reavaliar as suas operações de comércio eletrónico para impulsionar as vendas online e competir com rivais maiores, como a Amazon. A Target indicou que Jason Goldberger, que estava há quatro anos na empresa, vai sair de imediato. As suas funções serão divididas entre o diretor de informação, Mike McNamara, e o diretor de merchandising, Mike Tritton. McNamara será responsável pelo website e pela estratégia digital e Tritton irá assumir as funções relacionadas com preços e promoções. «Levar este trabalho para uma nova direção vai ajudar a impulsionar os nossos esforços nestas áreas-chave durante uma altura fulcral para a Target», afirmou o diretor-executivo Brian Cornell. As mudanças na liderança da Target – no mês passado saiu o diretor de marketing Jeff Jones – surgem numa altura em que as rivais da retalhista se estão a reforçar para melhor concorrer com a Amazon. Em agosto, o Wal-Mart Stores gastou mais de 3 mil milhões de dólares (2,66 mil milhões de euros) para comprar a startup de comércio eletrónico Jet.com. As vendas online da Target contribuem com cerca de 3% para o volume de negócios toral da retalhista. Reconhecendo a necessidade de crescer, a retalhista sediada em Minneapolis gastou 1,4 mil milhões de dólares em 2015 para melhorar o seu comércio eletrónico. A Target também indicou que vai gastar 1,8 mil milhões de dólares este ano e 2 mil milhões de dólares a partir de 2017 para melhorar as suas operações de comércio eletrónico. O volume de negócios online da Target cresceu 31% em 2015, abaixo do crescimento de 40% que o diretor-executivo tinha prometido aos investidores. No segundo trimestre, as vendas online aumentaram 16%, uma desaceleração face aos 23% no primeiro trimestre. As vendas em lojas físicas também foram afetadas, com a Target a dar conta da primeira queda nas vendas comparáveis em dois anos no segundo trimestre. A empresa baixou as suas previsões para o resto do ano, afirmando que espera que as vendas se mantenham estagnadas ou baixem até 2% nos próximos dois trimestres.

4. Amazon lança Handmade na Europa

A gigante americana do retalho online Amazon lançou na Europa a área especialmente dedicada aos produtos de artesanais vendidos pelos próprios artesãos. Mais de mil artistas europeus aderiram à Handmade, onde podem apresentar os seus produtos, assim como explicar a sua arte e as propriedades únicas de cada objeto. A Amazon emergiu como uma força no retalho online ao permitir que os consumidores comparem e comprem artigos de vários fornecedores que concorrem em termos de preço. Mas com a Handmade, que foi lançada no ano passado nos EUA, a Amazon entrou no segmento de consumidores que procura qualidade, artigos únicos e feitos à mão em vez de produtos produzidos em massa que saem das linhas de montagem das fábricas. A Handmade é ainda um desafio direto para a Etsy, uma plataforma online sediada em Nova Iorque e dedicada a artigos vintage e únicos. A plataforma da Amazon apresenta várias categorias de produto, incluindo joalharia, carteiras e arte, mas também permite que os utilizadores procurem artesãos em diferentes áreas. «Os artesãos selecionados têm de responder a condições específicas em termos de produção dos objetos e tamanho da empresa» para assegurar que os objetos são, de facto, essencialmente feitos à mão, explicou Patrick Labarre, responsável pela Handmade em França, à AFP. A Handmade está agora disponível em cerca de 40 países.

5. Dolce & Gabbana aponta aos millennials

O mais recente desfile da Dolce & Gabbana foi, mais do que uma celebração da Sicília, um “piscar de olho” aos novos consumidores de luxo. O desfile da casa de moda italiana na Semana de Moda de Milão, a 25 de setembro, contou na primeira fila com alguns dos protagonistas das redes sociais, como Cameron Dallas, Talita von Furstenberg, Rafferty Law, Lucky Blue Smith e Luka Sabbat, numa tentativa clara de atrair os consumidores millennial para as suas criações. A coleção, de resto, não só tem peças ricamente trabalhadas, como também t-shirts com o logótipo D&G que os três milhões de seguidores no Instagram poderão comprar. As mais recentes tendências de moda também marcaram presença nas propostas da dupla de criadores, incluindo as mangas fortes, denim mais relaxado e o regresso dos ombros marcados, típicos dos anos 80, assim como franjas, minissaias e vestidos estampados. O lado inesperado da coleção surgiu com os estampados de gelados, de instrumentos e notas musicais, leopardo, latas de tomate, adornos militares, bonecas sicilianas e a imagética semirreligiosa que se tornou habitual nas coleções Dolce & Gabbana.

6. Produção de algodão revista em alta

No relatório de setembro, o Departamento de Agricultura dos EUA prevê que a produção mundial de algodão em 2016/2017 atinja 102,5 milhões de fardos, apenas ligeiramente acima das previsões de agosto, mas 6% mais elevado do que a colheita do ano passado de 96,4 milhões de fardos. A utilização mundial de algodão em 2016/2017 está prevista para 11,2 milhões de fardos, 1% mais elevada do que os 110,1 milhões de fardos nas duas épocas anteriores. Para a Índia, a colheita de 2016/2017 deverá ser semelhante à da época passada, de 26,5 milhões de fardos, mas a área dedicada ao cultivo deverá baixar mais de 8%. Contudo, as perspetivas de uma maior rentabilidade deverão manter a colheita num nível estável. Na China, embora esteja prevista uma produtividade recorde de 1.633 quilos por hectare para 2016/2017, a colheita final deverá ficar em 21 milhões de fardos, a estimativa de produção mais baixa desde 2000/2001. De acordo com o Departamento de Agricultura dos EUA, a produção do Paquistão deverá subir para quase 8,3 milhões de fardos em 2016/2017, com base em produtividades acima dos 748 quilos por hectare. Os cinco maiores consumidores de algodão – China, Índia, Paquistão, Turquia e Bangladesh – deverão representar, em conjunto, 74% do consumo de algodão em 2016/2017.