Breves

  1. Hermès ilumina o luxo
  2. Amazon leva Bezos ao top 3
  3. Retalho já sofre com o Brexit
  4. Chineses preferem a Austrália
  5. Negócios apanhados na rede
  6. Reestruturação da Triumph chega a Portugal

1. Hermès ilumina o luxo

A performance da Hermès destacou-se dentro do sector do luxo graças às vendas «sólidas» no segundo trimestre e no primeiro semestre e à notícia de que o lucro operacional vai superar o desempenho do primeiro semestre do ano passado. As ações da casa de moda subiram 3,3% – uma informação que não causou particular surpresa, uma vez que os investidores e analistas estavam ávidos por boas notícias no sector de luxo, atingido por problemas económicos e pelo clima de terror que se abateu sobre o continente europeu. O crescimento foi impulsionado pela procura na categoria de marroquinaria, que aumentou 16% no primeiro semestre. Apesar da quebra de 2% nas vendas de pronto-a-vestir e acessórios femininos, de acordo com a Hermès, as mais recentes linhas da divisão deverão recuperar a boa matemática. No geral, a marca francesa registou um crescimento de 8,1% nas vendas do segundo trimestre, para 1,25 mil milhões de euros a taxas de câmbio constantes, ou até 6% às taxas de câmbio atuais. As performances geográficas da Hermès também revelaram otimismo: o Japão cresceu 10% no primeiro semestre, graças a uma rede de distribuição seletiva, a Ásia, excluindo o Japão, subiu 5%, com as vendas na China continental em crescendo apesar do contexto «continuar a ser um desafio em Hong Kong e Macau». As Américas subiram 8% e continuam a desenvolver-se «num contexto ainda incerto» e a Europa também conheceu um aumento de 8%, motivado pelo «bom desempenho» em lojas próprias que ajudaram a «confirmar a sua resistência, apesar do impacto dos acontecimentos recentes, particularmente em França». A Hermès espera que, em 2016, a receita total cresça abaixo de 8% a taxas de câmbio constantes.

2. Amazon leva Bezos ao top 3

Jeff Bezos, fundador e presidente-executivo da amazon.com, é agora a terceira pessoa mais rica do mundo, segundo a revista Forbes, destronando Warren Buffett, presidente-executivo da Berkshire Hathaway. A fortuna de Bezos foi avaliada em 65,3 mil milhões de dólares (aproximadamente 58,4 mil milhões de euros), em comparação com os 64,9 mil milhões de Buffett. O cofundador da Microsoft, Bill Gates, continua a ocupar o pódio, com 77,7 mil milhões de dólares, enquanto o espanhol Amancio Ortega, fundador do grupo Inditex SA, surge no segundo posto, com uma fortuna avaliada em 72,7 mil milhões de dólares. O cofundador e presidente-executivo do Facebook Inc, Mark Zuckerberg, aparece em quinto lugar, com 54 mil milhões de dólares. Bezos detém perto de 18% da Amazon e Buffett detém perto de 18% da Berkshire. Todavia, a doação de 2,86 mil milhões de dólares em ações da Berkshire para a fundação Bill & Melinda Gates e a quatro instituições de solidariedade posicionaram Buffett no quarto lugar.

3. Retalho já sofre com o Brexit

Como consequência do Brexit, os retalhistas do Reino Unido enfrentam a maior queda nas vendas em quatro anos. Os números oficiais mostram que a economia britânica cresceu bastante no período que antecedeu a votação, mas a maioria dos economistas espera uma desaceleração acentuada no pós, com as empresas e os consumidores a recuarem depois do choque do referendo. A Confederação da Indústria Britânica (CBI na sigla original) revelou que as vendas caíram acentuadamente entre 28 de junho e 14 de julho, sendo que os retalhistas cortaram nas encomendas a fornecedores como já não o faziam desde a crise financeira de 2008/2009. «É um mau começo», afirma Elizabeth Martins, economista do HSBC. «Para quem está à procurar de um consumidor relativamente resiliente, como nós estamos, não é particularmente encorajador», acrescentou. O Banco de Inglaterra deve cortar as taxas de juro pela primeira vez desde 2009, mas o ministro da Economia, Philip Hammond, já reiterou que o governo está pronto a apoiar a economia, considerando que esta atravessa um «período de adaptação». A CBI adiantou que o volume de vendas do retalho caiu para -14 em julho, comparativamente a +4 em junho, o valor mais baixo desde janeiro de 2012. As perspetivas das vendas de agosto também são as mais baixas desde então. A inflação baixa e os altos níveis de emprego podem ajudar as vendas a recuperar no curto prazo mas, a médio prazo, a grande queda da libra vai fazer subir os preços, de acordo com a informação divulgada pela CBI. «O que as empresas e os consumidores precisam agora é de uma liderança calma e decisiva, um calendário claro e um plano para negociar o futuro do Reino Unido fora da UE», afirmou Rain Newton-Smith da CBI.

4. Chineses preferem a Austrália

A Austrália lidera o ranking dos destinos preferidos dos turistas chineses, seguida pelo Japão, Hong Kong e Coreia do Sul, de acordo com o website hotels.com. O inquérito levado a cabo junto de 3.000 turistas e funcionários chineses em cerca de 5.800 empresas relacionadas com hotéis concluiu que 15% dos entrevistados querem visitar a Austrália, 13% escolhem o Japão, 11% Hong Kong e 7% a Coreia do Sul. As Maldivas, Tailândia, Singapura, Macau, França e Taiwan completam a lista dos 10 destinos mais populares, segundo a pesquisa.

5. Negócios apanhados na rede

A venture iFashion Group adquiriu o portal de comércio eletrónico Dressabelle por 7,5 milhões de dólares de Singapura (aproximadamente 5 milhões de euros). Jeneen Goh, diretora da iFashion, referiu que a Dressabelle tem vindo a estabelecer ligações que seriam capazes de criar sinergias entre as marcas do grupo. Com a compra do portal, a iFashion reafirma o seu investimento em startups de moda e lifestyle online, procurando alcançar o objetivo de se tornar «a retalhista líder na moda online» do Sudeste Asiático. A aquisição surge depois da compra da Invade, uma plataforma online que permite que as empresas listem e aluguem espaços de retalho, no passado mês de abril, avaliada em 1,5 milhões de dólares, de acordo com a informação divulgada pelo Business Times Singapore. As receitas anuais do Dressabelle rondam os 3,24 milhões de dólares e o portal possui ainda quatro lojas físicas em Singapura.

6. Reestruturação da Triumph chega a Portugal

A Triumph International poderá vir a cortar centenas de empregos em Baden Württemberg, na Alemanha, como parte dos esforços de reestruturação da empresa. Os despedimentos estão destacados para os centros de logística de Aalen e Heubach, onde a empresa foi fundada, revelou um porta-voz. Ainda segundo a Triumph, a decisão relativa a Heubach está integrada na estratégia que visa agilizar as operações de desenvolvimento de produto. Este ano, a reestruturação vai afetar mais 50 postos de trabalho e, em 2017, o corte será de 25 empregos, à medida que a empresa for introduzindo o novo sistema de TI e reduzindo o número de coleções. Outras medidas de reestruturação incluem a venda de uma unidade de produção em Portugal. A empresa, que foi atingida pela dura concorrência de marcas de lingerie de baixo custo com origem na Ásia, afirmou em comunicado que «os parceiros sociais da Triumph vão fazer de tudo para garantir que a empresa continue a ser forte no mercado e tenha, a longo prazo, muitos postos de trabalho sustentáveis».