- Peter Copping deixa Oscar De La Renta
- Alibaba acelera entregas em todo o mundo
- Arvind lança marca premium para homem
- Descente e Anta abrem 100 lojas na China
- Calor prejudica retalho australiano
- Duty-free perde dinamismo
1. Peter Copping deixa Oscar De La Renta
Peter Copping, diretor criativo da Oscar de la Renta, anunciou que vai sair da empresa, menos de dois anos depois de ter entrado. Segundo o The New York Times, Copping anunciou que vai sair devido a «circunstâncias pessoais que exigem que regresse à Europa». O britânico deixou ainda a porta aberta para o futuro. «Adorei o tempo que passei em Nova Iorque, onde espero regressar em algum ponto no futuro». O CEO da empresa, Alex Bolen, afirmou em comunicado que «desejamos o melhor para o Peter nas suas atividades futuras», mas sublinhou que a empresa irá continuar sem ele. «Sempre estivemos no negócio de criar roupa bonita e dois dos nossos principais ativos são o nosso estúdio de design e o atelier», destacou Bolen. «A nossa equipa vai continuar a trabalhar na coleção da próxima estação com o foco no nível de sofisticação e perfeição que são as imagens de marca da casa de moda», acrescentou. Copping, que anteriormente trabalhou para a Nina Ricci em Paris e para a Marc Jacobs na Louis Vuitton – foi o único designer além de Oscar de la Renta a liderar a empresa. Aliás, o designer foi escolhido pelo próprio de la Renta e juntou-se à marca após a morte do icónico designer, em 2014. Ainda não foi escolhido um substituto, mas a casa de moda vai mostrar a sua coleção para a primavera-verão 2017 a 12 de setembro, como estava anteriormente agendado.
2. Alibaba acelera entregas em todo o mundo
O cofundador do Alibaba, Jack Ma, afirmou que a gigante chinesa das vendas online vai ser capaz de fazer entregas em todo o mundo em 72 horas nos próximos 10 anos, graças ao desenvolvimento de soluções de pagamento e tecnologia. Ma fez o anúncio no Fórum Económico Internacional, que decorreu na semana passada em São Petersburgo, segundo a agência TASS, durante a intervenção onde delineou a sua visão para o Alibaba e o comércio eletrónico. «Acredito que em 20 anos não haverá dinheiro e a sociedade vai ser transparente», indicou Ma. O Alibaba também planeia expandir a sua presença na Rússia, afirmou Jack Ma, que já se encontrou com um conselheiro presidencial russo em São Petersburgo. «Tivemos uma boa conversa. E isso encorajou-nos a fazer mais coisas aqui, na Rússia», afirmou. «Acredito que o desenvolvimento do comércio eletrónico vai ajudar a criar novos empregos», acrescentou.
3. Arvind lança marca premium para homem
A indiana Arvind Fashion lançou uma marca premium de vestuário de homem e acessórios com o jogador de cricket Sachin Tendulkar. A marca, batizada True Blue, é uma joint-venture entre a Arvind e a estrela do desporto e pretende atingir vendas de 2 mil milhões de rupias (cerca de 27 milhões de euros) em cinco anos. O objetivo passa ainda por abrir 30 lojas da marca nesse período, segundo o CEO da Arvind, Rajiv Mehta. A primeira loja abriu em maio com mais de 300 modelos. O vestuário de homem representa mais de 42% do mercado de vestuário da Índia e deverá crescer a uma taxa anual de 8% nos próximos cinco anos. A True Blue é a terceira marca da unidade de moda da Arvind, juntando-se à Prym e à Shuffle que estão disponíveis apenas na internet. Já a True Blue será uma marca omnicanal.
4. Descente e Anta abrem 100 lojas na China
A produtora japonesa de vestuário de desporto Descente fez uma parceria com a gigante chinesa Anta Sports Products e a trading japonesa Itochu para abrir 100 lojas na China até março de 2019. A ação surge depois do sul-coreano DFD Fashion Group ter feito um acordo com a cadeia chinesa de casualwear Metersbonwe Group para abrir 500 lojas multimarca no país nos próximos cinco anos. As lojas da marca Descente China irão somar-se às 500 lojas de swimwear e golfe que opera sob o nome de uma subsidiária. As lojas de grande formato, que oferecem uma vasta gama de vestuário e equipamentos de desporto, vão abrir na high street e em centros comerciais. A joint-venture, com capital de 250 milhões de yuans (34 milhões de euros), será detida em 60% por uma subsidiária da Anta, 30% pela Descente e 10% pela subsidiária da Itochu. A Descente e a Anta vão partilhar os canais de marketing e colaborar na procura por localizações de lojas. A partir do final de agosto, a Descente vai abrir até cinco lojas no nordeste da China, a que se seguirão lojas em grandes áreas urbanas, como Pequim, Xangai, Dalian e Chongqing. A empresa pretende duplicar as suas vendas na China para cerca de 22 mil milhões de yuans. Para além da expansão na China, a Descente vai também abrir lojas de vestuário de golfe na Coreia do Sul e recentemente abriu uma loja flagship em Londres.
5. Calor prejudica vendas na Austrália
As vendas a retalho na Austrália aumentaram a um ritmo inferior ao esperado em maio, com o início mais quente do inverno a afetar fortemente as vendas de vestuário, segundo os dados do gabinete de estatística do país. As vendas a retalhos subiram 0,2% em maio, em valores ajustados sazonalmente, após um aumento de 0,1% em abril. As vendas de vestuário, calçado e acessórios, contudo, registaram um declínio acentuado provocado pela diminuição da procura resultante das temperaturas anormalmente elevadas para a estação. As vendas nos grandes armazéns permaneceram estagnadas.
6. Duty-free perde dinamismo
Os retalhistas duty-free aumentaram a sua presença nos aeroportos de todo o mundo, mas estão agora em dificuldades para conseguir que os viajantes gastem mais dinheiro. As vendas de produtos em duty-free caíram mais de 2% no ano passado, marcando o primeiro declínio desde 2009, segundo os dados recentemente publicados pela Tax Free World Association. Em 2015, os consumidores gastaram mais de 62 mil milhões de dólares (56,3 mil milhões de euros) em artigos duty-free, que são importados mas estão isentos das taxas alfandegárias normalmente imputadas. Embora tenha representado uma queda de pouco mais de 2% face ao ano anterior, o crescimento no retalho duty-free e de viagem tem abrandado desde 2011. Os viajantes gastaram bastante menos em relógios e joalharia, com as vendas nessa categoria a caírem mais de 13,2% face a 2014. A associação apontou o dedo à volatilidade da economia e dos câmbios, assim como ao terrorismo e às questões geopolíticas. As vendas de perfumes e cosméticos, no entanto, aumentaram mais de 2%, para 19,5 mil milhões de dólares, por exemplo. Apesar de muitas lojas duty-free terem um público cativo com os viajantes que esperam para embarcar nos seus voos, as longas filas para passar a segurança podem não deixar muito tempo para pesquisar os produtos.