Breves

  1. Frio arrefece lucros da H&M
  2. LVMH faz compras na Índia
  3. Amazon na luta contra o bullying
  4. Vestuário em queda no Canadá
  5. Michael Kors entra na Fórmula 1
  6. Marcas italianas na mira dos chineses

1. Frio arrefece lucros da H&M

O lucro da H&M caiu 17% no segundo trimestre, com as temperaturas baixas para a altura a afetarem as vendas de vestuário de primavera e com a valorização do dólar a aumentar os custos. A H&M, que compra a maior parte do vestuário que vende na Ásia com contratos negociados em dólares, vendendo o mesmo sobretudo na Europa, está mais exposta às alterações cambiais do que a rival Inditex, que produz na maioria na Europa ou em países próximos, como Marrocos. O lucro bruto entre março e maio caiu para 7 mil milhões de coroas suecas (744,3 milhões de euros), em linha com as previsões dos analistas sondados pela Reuters, mas abaixo da performance conseguida pela Inditex, que aumentou em 6% o lucro entre fevereiro e abril. A H&M revelou que a fraca procura, sobretudo em março e abril, levou a um aumento dos inventários superior ao esperado, o que os analistas afirmam que pode fragilizar a posição da retalhista no terceiro trimestre. «Isso implica mais promoções, o que deve, por seu lado, colocar pressão nas margens brutas no terceiro trimestre», considera Anne Critchlow, analista da Société Générale. As margens brutas da H&M diminuíram para 57,6% no segundo trimestre, em comparação com 59,4%. As vendas entre 1 e 21 de junho subiram 7% em moeda local, indicou a H&M. Este crescimento foi ligeiramente mais baixo do que os 9% registados em maio e bastante abaixo dos 15% da Inditex a taxas de câmbio constantes de 1 de maio a 13 de junho. A H&M, que viu também a rentabilidade afetada por um forte investimento no comércio eletrónico, afirmou que pretende entrar online no Canadá e na Coreia do Sul este ano e continuar um rápido desenvolvimento em 2017, ao mesmo tempo que pretende abrir lojas em quatro ou cinco novos países, incluindo a Colômbia.

2. LVMH faz compras na Índia

O LVMH investiu 600 mil dólares (546 mil euros) na Indiana Herringbone & Sui, a retalhista online de vestuário de homem, especializada em fatos à medida, sediada em Bombaim. O investimento vai apoiar o lançamento de lojas da marca, em paralelo com o seu negócio online, indica o jornal The Economic Times. O cofundador da marca, Samarth Hedge, afirmou que a Herringbone & Sui é um negócio ligado à tecnologia, que produz e envia todas as encomendas a partir da sua própria fábrica e que se apoia fortemente em dados para tornar mais eficiente o seu ciclo de produto. O investimento foi liderado por Ravi Thakran, diretor-geral da L Capital Asia, e Payal Jauhar, diretor associado representante do LVMH Índia e Ásia Ocidental.

3. Amazon na luta contra o bullying

A Amazon Fashion quer inspirar atitudes positivas para com o corpo com uma nova campanha batizada #SaySomethingNice. Para combater o bullying, a retalhista está a encorajar as pessoas a julgarem menos as escolhas de estilo dos outros e a celebrar a individualidade. A campanha inclui uma série de filmes que mostram pessoas influentes do mundo da moda, como Susie Bubble, Hana Tajima, Freddie Harrel, Camille Charriere e Clementine Desseaux a falarem da sua própria experiência de receberem comentários negativos online ou julgarem outros pela sua aparência. Os bloggers irão usar a hashtag #SaySomethingNice para darem elogios nas redes sociais. A partilha de fotos com o look do dia tem-se tornado cada vez mais popular nas redes sociais nos últimos anos. Mas Siobhan Mallen, diretora de conteúdo da Amazon Fashion Europe, explica que «infelizmente, criticar e ridicularizar pessoas pelo que elas estão a usar está a tornar-se mais comum, com 55% das mulheres a sentirem que foram julgadas antes nas redes sociais sobre as suas escolhas de moda». Mallen acrescenta que «a nossa campanha #SaySomethingNice pretende inspirar-nos a todos a mudar este comportamento e a defenderem proactivamente o direito de toda a gente usar o que os torna felizes sem medo do ridículo ou da negatividade». Os vídeos da campanha #SaySomethingNice podem ser visualizados no canal europeu da Amazon Fashion do YouTube, Facebook e Instagram.

4. Vestuário em queda no Canadá

As vendas a retalho no Canadá subiram 0,9% em abril em termos mensais, para 44,28 mil milhões de dólares canadianos (30,7 mil milhões de euros), sobretudo devido a vendas mais altas nas gasolineiras, revelou o gabinete de estatística do país. O aumento – o terceiro em quatro meses – ficou em linha com as previsões dos analistas. As más notícias surgiram na área da moda, cujas vendas caíram 2,7% em abril, após três meses de ganhos. As vendas mais baixas nas lojas de vestuário, que caíram 3,1%, e nas lojas de calçado (-3,9%) mais do que contrabalançaram o aumento das vendas nas lojas de joalharia, malas e artigos em couro, que subiram 1,9%. No total, as vendas cresceram em sete dos 11 subsectores, representando 64% das vendas totais a retalho. As compras em lojas de mobiliário subiram 6,1%, depois de uma queda de 4% em março.

5. Michael Kors entra na Fórmula 1

A Michael Kors tornou-se parceiro oficial de lifestyle da equipa de Fórmula 1 McLaren-Honda. O CEO da Michael Kors, John D Idol, afirmou que «este é um momento entusiasmante para nós, sobretudo porque continuamos a crescer como uma marca de lifestyle de homem». Enquanto parceiro, a Michael Kors vai surgir tanto nos fatos dos pilotos como no automóvel McLaren-Honda MP4-31. Para celebrar o lançamento da parceria, a Kors criou uma edição limitada de casacos em couro pretos para homem, que serão exclusivamente vendidos na nova loja flagship da Michael Kors em Londres. O casaco tem os logótipos da Kors e da McLaren, assim como uma placa de edição limitada com o número de produção de cada peça.

6. Marcas italianas na mira dos chineses

As empresas chinesas têm vindo a comprar marcas italianas e a tendência deverá continuar, segundo o cônsul-geral italiano para Hong Kong e Macau, Antonello De Riu. Os negócios de fusões e aquisições em Itália aumentaram 80% em termos anuais no primeiro trimestre de 2016, no valor total de 18 mil milhões de euros, segundo o jornal South China Morning Post. No ano passado, houve 577 acordos no valor de 55 mil milhões de euros, dos quais 42 foram empresas chinesas e quase metade da Ásia-Pacífico. De Riu afirmou que Itália recuperou da crise financeira e que o crescimento económico foi bom, tornando esta a altura certa para as empresas chinesas trazerem capital para o país. Embora as principais marcas de luxo italianas como a Gucci tenham sido adquiridas por conglomerados internacional, De Riu afirmou que há ainda muito potencial para as empresas italianas nas áreas da tecnologia, cuidados de saúde e clubes de futebol que podem acolher bem as empresas chinesas como acionistas ou parceiros em joint-ventures. A China Continental foi igualmente o principal mercado de exportação na Ásia no ano passado, seguida de Hong Kong, Japão, Índia e Coreia do Sul. «A economia chinesa pode ter abrandado um pouco mas ainda é um grande mercado», afirmou De Riu. «Vamos ver muitas empresas italianas a desenvolverem-se nesta região», concluiu.