Breves

  1. Sport Zone aposta no Rfid
  2. Levi’s faz jeans com t-shirts
  3. Diferenciação na luta com a Amazon
  4. Björn Borg compra subsidiária
  5. Retalho abranda em maio
  6. TJX investe em lojas

1. Sport Zone aposta no Rfid

A portuguesa Sport Zone vai lançar a tecnologia Rfid em mais lojas, após experiências piloto que permitiram melhorar drasticamente a precisão dos inventários e vendas. A expansão, que inicialmente irá abranger 10 lojas, com planos para eventualmente alargar a todas as 120 lojas da retalhista, deverá começar em setembro. Os testes realizados durante um ano com a Avery Dennison e a Tyco Retail Solutions decorreu em duas lojas, com a implementação de soluções Rfid que incluíram etiquetagem na fonte e integração com o ERP, permitiram atingir uma precisão de inventário de 99% e melhorar significativamente as vendas. «Este piloto é o início de uma nova era», explica Miguel Teles, diretor de cadeia de aprovisionamento da Sport Zone, numa notícia publicada pelo just-style.com. «A adoção do Rfid permitiu-nos ter uma visibilidade fiável do stock em loja e melhorar o serviço ao cliente no chão de loja», refere, acrescentando que a tecnologia também «permitiu consolidar a nossa posição como player omnicanal». Como parte do lançamento, a Avery Dennison vai fornecer as etiquetas Rfid para todas as diferentes categorias de produto, para além de integrar as suas soluções com o sistema de tecnologias de informação da Sport Zone. «Estamos empenhados em alargar a nossa parceria com a Sport Zone, ajudando a elevar as suas operações, maximizar as suas eficiências e melhorar a experiência de consumo», acrescenta Francisco Melo, vice-presidente e diretor-geral de Rfid na Avery Dennison.

2. Levi’s faz jeans com t-shirts

A gigante do denim Levi Strauss & Co fez uma parceria com a start-up de tecnologia têxtil Evrnu para criar o que afirma serem os primeiros jeans feitos inteiramente a partir de t-shirts de algodão que foram deitadas ao lixo. Os jeans protótipo 511 da Levi’s foram desenvolvidos com recurso a uma tecnologia de reciclagem que converte os desperdícios pós-consumo em fibras reutilizáveis, usando ainda menos 98% de água do que os produtos feitos com algodão virgem. Cerca de cinco t-shirts foram usadas para criar uns jeans. «Este primeiro protótipo representa um grande avanço na inovação no vestuário», afirma Paul Dillinger, diretor de inovação de produto na Levi Strauss & Co. «Embora a dar os primeiros passos, esta tecnologia promete muito e é um avanço excitante numa altura em que estamos a explorar a utilização de algodão regenerado para ajudar a reduzir significativamente o nosso impacto no planeta», acrescenta. Segundo os dados da Evrnu, são gerados anualmente cerca de 13,1 milhões de toneladas de resíduos têxteis nos EUA e, destes, 11 milhões de toneladas acabam em aterros. «A Levi Strauss & Co foi o primeiro parceiro perfeito para demonstrarmos a nossa tecnologia e capacidade, uma vez que é uma empresa americana icónica com um produto que é reconhecido em todo o mundo», afirma a CEO da Evrnu, Stacy Flynn. «A nossa aspiração é construir uns jeans Levi’s que sejam tão bonitos e resistentes como os originais e estamos a fazer grandes progressos em direção a esse objetivo», adianta. Para a Levi Strauss, a colaboração faz parte de uma estratégia mais vasta de inovação e sustentabilidade para a empresa, que recentemente abriu as suas técnicas de acabamento Water<Less a todo o mundo para a aumentar a adoção pela indústria de vestuário e reduzir o consumo de água no geral. A empresa está também a tomar uma abordagem mais holística para o design mais sustentável de produtos com os artigos Wellthread, que têm em conta fatores sociais, ambientais e económicos. No mês passado, a empresa lançou a sua iniciativa de reciclagem de vestuário no Reino Unido, com planos para alargar o programa ao resto da Europa até ao final de 2017.

3. Diferenciação na luta com a Amazon

Os retalhistas que têm mais probabilidade de passar incólumes com a crescente ameaça da Amazon no comércio eletrónico são aqueles que oferecem algo que seja “inAmazonavél”, afirmam os analistas. «O vestuário está a enfrentar uma batalha difícil», segundo os analistas na Cowen & Company, depois dos grandes armazéns e cadeias de vestuário especializadas terem registado fracas performances no primeiro trimestre. «O retalho está no meio de uma transição. O vestuário parece estar faminto por uma nova tendência e os consumidores têm mais interesse em experiências [como viajar], restaurantes e saúde/bem-estar em vez de roupa [nova]», acrescentam. No entanto, afirmam que os retalhistas que têm mais probabilidade de vencer são aqueles que ofereçam coisas “inAmazonáveis” – significando um produto que «não seja possível comprar na Amazon, que a marca/categoria ofereça um elevado conteúdo emocional ou que a experiência de loja seja um destino único ou ofereça opções de serviços atrativas», explicam. Em vez de comprar uma peça de vestuário nova, o facto dos consumidores estarem a gastar em experiências e a jantar fora «fala do facto de estarem a desejar novidade e não há o suficiente no mercado para os atrair a desembolsar os seus dólares discricionários». Quanto a tendências de produto capazes de gerar algum entusiasmo, o denim para mulheres e novas construções para homem estão entre os destaques, indicam. «Embora a retoma do denim não se esteja ainda a refletir nos lucros, os primeiros indicadores são bons para silhuetas (qualquer coisa a mostrar o tornozelo), tecidos suaves e soluções de fit e forma novos», enumeram os analistas.

4. Björn Borg compra subsidiária

A marca sueca de roupa interior Björn Borg comprou a sua subsidiária britânica numa ação pensada para reduzir a distância entre a sua sede e o consumidor final. A empresa comprou a quota de 20% detida pelo acionista minoritário da subsidiária Björn Borg Uk Limited. Após o negócio, a divisão é agora detida na totalidade pelo grupo e está um passo mais perto do objetivo de se tornar uma empresa mais vertical. A aquisição foi feita de comum acordo, indicou a Björn Borg. «Demos agora mais um passo para diminuir a distância entre a sede da Björn Borg e o consumidor final», afirmou o CEO Henrik Bunge. «A integração é crucial para compreender e consequentemente fazer a diferença para os consumidores nos nossos diferentes mercados», realçou. Em dezembro, a Björn Borg pôs fim ao contrato de distribuição para a Holanda, Bélgica e Luxemburgo, países que passou a gerir diretamente.

5. Retalho abranda em maio

As vendas a retalho nos EUA subiram 0,5% na segunda semana de maio, após um ganho de 1,1% na semana anterior, segundo The Johnson Redbook Retail Sales Index. No mês de maio até agora, as vendas subiram 0,8% em termos anuais e 2,3% em termos mensais. «Depois das compras de última hora para o Dia da Mãe no domingo [dia 8 de maio], as vendas e o tráfego abrandaram – alguns culparam o tempo mais frio e chuva por travar as linhas sazonais», indicou o Reedbook. «Os retalhistas estão a procurar uma melhoria no negócio sazonal à medida que o tempo fica mais quente e se aproximam as cerimónias de formatura e o feriado do Memorial Day [30 de maio]», acrescentou, sublinhando que o feriado tem lugar uma semana mais tarde do que no ano passado. As vendas nas cadeias de lojas americanas desceram 1,3% em termos semanais nos sete dias terminados a 14 de maio, mas subiram 2% em termos anuais, segundo o mais recente estudo da Retail Economist-Goldman Sachs. «As vendas caíram novamente na última semana e aconteceu pela segunda vez nas últimas três semanas», revelou o analista-chefe da Retail Economist, Michael P Niemira. «Apesar da debilidade no geral, as vendas foram diferentes consoante o segmento de retalho, com as lojas de vestuário a terem uma boa performance», sublinhou.

6. TJX investe em lojas

As lojas físicas estão no centro da nova estratégia a longo prazo da TJX, com o grupo de retalho a ponderar acrescentar milhares de lojas físicas em todo o mundo para progredir na sua evolução digital-omnicanal e «crescer para ser uma empresa de 40 mil milhões de dólares ou mais», segundo o CEO Ernie Herrman. «A longo prazo, vemos o potencial para acrescentar 5.600 lojas com apenas nas nossas cadeias e mercados atuais», afirmou. «Isso equivale a mais de 50% de crescimento de loja ou quase mais 2.000 lojas para além da atual base da empresa», sublinhou. Herrman também referiu que a oferta de comércio eletrónico da TJX é «uma pequena parte» do negócio, uma parte «complementar». O CEO está «confiante que podemos continuar a abrir lojas em todo o mundo e a capitalizar as vantagens de ser pioneiros. Temos décadas de conhecimento operacional nos EUA e internacionalmente, uma abordagem disciplinada ao imobiliário e uma cadeia de aprovisionamento e rede de distribuição altamente integradas». No primeiro trimestre, a retalhista registou um aumento de 7,1% dos lucros, para 508,3 milhões de dólares (cerca de 454 milhões de euros), e as vendas subiram 9,9% em termos anuais, para 7,54 mil milhões de euros. As vendas comparáveis cresceram 7%. «Estamos particularmente satisfeitos com o nosso forte tráfego, que levou a aumentos comparáveis em todas as divisões», destacou Ernie Herrman. A retalhista reviu em alta as previsões para o ano fiscal, apontando para um lucro por ação entre 3,35 e 3,42 dólares.