Breves

  1. Yoox Net-A-Porter soma e segue
  2. Guess investe em Moscovo
  3. Wal-Mart acelera nas entregas
  4. Preços em queda no Reino Unido
  5. Le Bon Marché rejuvenesce oferta
  6. Marca de Antonio Banderas chega em agosto

1. Yoox Net-A-Porter soma e segue

A Yoox Net-A-Porter revelou que vai cumprir o objetivo traçado para o volume de negócios para o ano completo, graças a uma aceleração das vendas em abril-maio, após um aumento de 14,5% a câmbios constantes no primeiro trimestre. Também indicou que renovou a parceria com a casa de moda italiana Armani para mais 10 anos e que irá continuar a gerir a loja online Armani.com. O grupo, que nasceu da fusão entre a italiana Yoox com a rival Net-A-Porter, tem como meta aumentar as vendas em dois dígitos este ano. A Yoox Net-A-Porter tem os seus próprios websites de venda multimarca mas também opera lojas online para marcas de luxo, incluindo Armani e Valentino. Está, contudo, vulnerável à libra esterlina, uma vez que a Net-a-Porter tem um negócio substancial no Reino Unido. As vendas subiram 13,8% no primeiro trimestre a taxas de câmbio constantes. «Estamos absolutamente confiantes em relação às nossas previsões para o ano de conseguirmos um crescimento das vendas de dois dígitos (…) tendo em conta que abril e maio estão a ir nessa direção», afirmou o diretor financeiro e corporativo Enrico Cavatorta. No primeiro trimestre, as vendas da Yoox Net-A-Porter atingiram 446 milhões de euros, abaixo das estimativas médias dos analistas da Thomson Reuters, que antecipavam 453 milhões de euros. O grupo processou 2 milhões de encomendas entre janeiro e março de 2016, um aumento face a 1,7 milhões de encomendas registadas no mesmo período do ano anterior. O valor médio por encomenda foi de 324 euros e o número de clientes ativos subiu de 2,2 milhões para 2,5 milhões.

2. Guess investe em Moscovo

A Guess vai abrir uma loja flagship no Europeisky Mall, em Moscovo, em parceria com um player local, a que se deverão seguir mais 10 lojas no país, elevando o número total de pontos de venda na Rússia para 40. A flagship, com 512 metros quadrados, terá o mesmo conceito denim lançado no início deste ano, com um layout que mostra «a herança da marca através de vídeos e imagens digitais impressionantes», que também «destaca os produtos». A empresa descreve Moscovo como um «grande centro económico, cultural e científico» na região, assim como «um dos destinos turísticos em maior crescimento no mundo», o que se torna no «ponto de partida ideal» para os planos de expansão da empresa. A abertura reflete «a estratégia da Guess de manter um forte controlo direto sobre o desenvolvimento da marca no mercado russo». A empresa acrescentou ainda que «novas iniciativas prometem muitas ótimas oportunidades para a marca, que irá abrir 10 lojas monomarca em 2016 para se juntarem às 30 já existentes no país».

3. Wal-Mart acelera nas entregas

O programa de subscrição de comércio eletrónico ShipingPass, do Wal-Mart Stores, vai começar a oferecer entregas em dois dias em vez de três, aumentando a concorrência com o programa Prime da Amazon.com. O retalhista está igualmente a reduzir o preço do programa em um dólar, para 49 dólares (cerca de 43 euros) por ano, segundo um comunicado enviado na semana passada. O custo do Prime é 99 dólares anualmente, embora ofereça outras vantagens, como filmes e programas de televisão gratuitos. O ShippingPass, que está ainda numa fase piloto, permite que os clientes do Walmart.com tenham entregas gratuitas em mais de um milhão de produtos no website. A ideia é encorajar as compras frequentes e atrair consumidores – algo que o Prime da Amazon conseguiu, com as suas dezenas de milhões de membros. Apesar de ser o maior retalhista físico do mundo, o Wal-Mart tem sentido dificuldades para se aproximar da Amazon no comércio online. A estratégia de comércio eletrónico do Wal-Mart é apoiar-se nas suas lojas e centros de distribuição para os esforços online. Na época de Natal, o retalhista encorajou os consumidores a fazerem as encomendas online e a ir levantá-las nas lojas. Com o ShippingPass, a atual infraestrutura do Wal-Mart está a ajudar a baixar os custos de entrega. «Podemos oferecer envios mais rápidos e mais baratos porque temos uma rede única de cumprimento que inclui novos centros de envio de grande escala, lojas, centros de distribuição e a nossa rede de transportes», indicou o Wal-Mart no comunicado.

4. Preços em queda no Reino Unido

Os consumidores britânicos beneficiaram de mais uma queda nos preços em loja em abril, com os retalhistas a manterem a política de descontos para conquistar clientes. Os preços médios caíram 1,7% em abril, coincidindo com a queda registada em março, segundo o British Retail Consortium (BRC). Isso significa que os preços estão a cair há três anos consecutivos. A queda foi liderada por artigos não alimentares, que baixaram pelo 37.º mês seguido, nomeadamente vestuário, calçado, eletrodomésticos e mobiliário. Os preços desta categoria baixaram 2,9% no mês passado, uma queda mais acentuada do que os 2,6% registados em março. Em comparação com o período homólogo do ano passado, os preços do vestuário e do calçado estão 7,1% mais baixos, com os retalhistas a tentarem escoar o vestuário de inverno antes da muito aguardada primavera-verão. Os supermercados estão igualmente a contribuir para a redução dos preços na high street, com as grandes cadeias a continuarem a expandir as suas gamas de produtos não alimentares para encorajar um maior consumo. O BRC indica que a guerra de preços está a pressionar os retalhistas, numa altura em que muitos estão já a debater-se com outros custos. Helen Dickinson, diretora do BRC, indicou que «os 36 meses consecutivos de queda de preços está a ser impulsionado pela concorrência intensa na indústria. Tem grandes implicações para as margens e para a rentabilidade, tendo em conta a combinação de continuação de investimento no digital e aumento das pressões de custos».

5. Le Bon Marché rejuvenesce oferta

Os grandes armazéns parisienses Le Bon Marché abriram um piso dedicado a moda mais jovem e mais acessível para mulher, incluindo a adição de uma “fábrica” de denim no centro. A mini fábrica está equipada com tecnologia de ponta que permite que as clientes customizem os seus jeans, com técnicas de bordado, laser ou estamparia. «Uma cliente veio cá no outro dia com uma foto de Rihanna a usar uns jeans que estavam muito desgastados e disse que queria exatamente o mesmo. Fizemo-los num dia», conta Lisa Attia, diretora comercial da loja, aos WWD. A oferta alargada de denim inclui marcas exclusivas como Kéki, Broken Bow e BLK DNM. Um quadro explica aos consumidores os vários cortes – do boot cut ao skinny – e que tipo de tops e calçado mais se adequam a cada estilo. Um novo departamento, “The Sporting Room”, que inclui marcas como Adidas by Stella McCartney, James Perse e K-Way, incorpora um espaço inovador batizado #Hashtag store, dedicado sobretudo a marcas que estão apenas disponíveis online. «O Le Bon Marché tem a ver com um destino de compras. Temos de dar aos consumidores o desejo de vir e explorar, de outra forma eles podem simplesmente comprar na Internet. E nada consegue substituir a experiência, o ato de tocar e testar um produto», acredita Attia.

6. Marca de Antonio Banderas chega em agosto

O ator, realizador e produtor espanhol Antonio Banderas é agora também designer de moda. A estrela de Hollywood anunciou no ano passado que iria investir no design de vestuário, tendo entrado na Central Saint Martins, em Londres, e está agora envolvido numa parceria com a Selected Homme para lançar uma marca de vestuário para homem. Os fãs do ator tiveram uma pequena mostra no Instagram, onde Antonio Banderas revelou o novo logo da marca. Batizada Antonio Banderas by Selected Homme, a marca é representada por duas bandeiras em cruz e deverá chegar ao mercado em agosto. Além do vestuário, Antonio Banderas tem já vários produtos com o seu nome, incluindo perfumes e óculos de sol.