- Confiança da Zona Euro em queda
- Vaccarello substitui Slimane
- Primark rainha em Espanha
- Economia mundial afeta Alemanha
- Li Ning regressa aos lucros
- Empresário resgata Borsalino
1. Confiança da Zona Euro em queda
O sentimento económico da Zona Euro caiu em março para o valor mais baixo em mais de um ano, apesar das medidas implementadas pelo Banco Central Europeu para combater a ameaça da deflação e estimular o crescimento. O índice de confiança caiu para 103, em comparação com 103,9 em fevereiro, segundo revela o estudo da Comissão Europeia. A terceira queda consecutiva levou o índice para o nível mais baixo desde fevereiro de 2015, quando atingiu 102,2. Apesar do sentimento económico na Zona Euro estar ainda acima da média de longo prazo de 100, os declínios nos indicadores do estudo sugerem um menor crescimento do PIB neste trimestre em comparação com o último trimestre do ano passado, indicou Bert Colijn, economista no ING Bank NV à RTT News. Os dados foram ainda recolhidos antes dos ataques terroristas em Bruxelas, a 22 de março. Entre os subcomponentes do índice, o sentimento deteriorou-se em todos os sectores de negócio, exceto junto dos retalhistas. O índice de confiança da indústria desceu menos do que o esperado, para o valor mais baixo dos últimos 13 meses, passando de -4,1 para -4,2. Antecipava-se a queda para -4,3. A avaliação dos gestores à produção esperada e ao nível atual de encomendas permaneceu praticamente inalterada em março. O indicador do sentimento do consumidor caiu, tal como inicialmente estimado, para -9,7, em comparação com -8,8. O declínio foi causado pelo aumento do pessimismo entre os consumidores em relação à situação económica futura e, em menor medida, à situação financeira e poupanças no futuro. As quedas na confiança dos negócios e dos consumidores na Zona Euro em março suporta outras evidências de que a recuperação lenta da região está a perder ritmo, considera Jennifer McKeown da Capital Economics.
2. Vaccarello substitui Slimane
Como amplamente especulado nos media especializados (ver A despedida de Slimane), Anthony Vaccarello foi apresentado pelo grupo Kering como o novo diretor criativo da Saint Laurent, num comunicado conjunto que chegou horas depois do anúncio da retirada de Vaccarello da Versus Versace. «Estou extremamente feliz por ter Anthony Vaccarello a assumir o comando criativo da Yves Saint Laurent», afirmou Francesca Bellettini, CEO da Yves Saint Laurent. «A sua estética pura e moderna assenta perfeitamente na casa. Anthony Vaccarello equilibra impecavelmente elementos de feminilidade provocadora e sofisticada masculinidade nas suas silhuetas. É a escolha natural para expressar a essência da Yves Saint Laurent», acrescentou.
3. Primark rainha em Espanha
A expansão da Primark em Espanha está a ser um sucesso, com as vendas a crescerem 20%, para 1,17 mil milhões de euros, no período entre setembro de 2014 e agosto de 2015. Excluindo 248 milhões de euros dessas vendas, que foram feitas para a sede da empresa na Irlanda, o aumento foi de 16%, revela o jornal The Irish Times. Estes números não incluem a maior loja da Primark na Gran Vía em Madrid, que abriu apenas em outubro de 2015. A Primark, que abriu as primeiras lojas em Espanha em 2006 e tem agora 41 pontos de venda no país, tem-se mostrado popular junto dos espanhóis, que procuram vestuário a baixos preços. A Primark está agora a planear abrir mais uma flagship, na antiga sede do banco BBVA na cidade basca de Bilbao.
4. Economia mundial afeta Alemanha
As vendas a retalho na Alemanha caíram em fevereiro, com a confiança dos consumidores na principal economia europeia a sentir os efeitos dos riscos sentidos na economia mundial. As vendas a retalho caíram 0,4% em termos mensais em fevereiro, segundo o Destatis, o gabinete federal de estatística, depois de uma quebra de 0,1% em janeiro. Os analistas tinham antecipado um aumento de 0,3% em fevereiro em comparação com janeiro. Contudo, as vendas subiram 5,7% em termos anuais, apesar de terem sido impulsionadas pela existência de mais um dia em fevereiro do que no ano passado. O mais recente estudo ao sentimento do consumidor da empresa de pesquisa de mercado GfK mostra que a confiança dos consumidores está a começar a esvanecer-se face às ameaças terroristas e às incertezas económicas relacionadas com o influxo massivo de refugiados. Os analistas, contudo, estão a aguardar pelas vendas a retalho de março para avaliar o primeiro trimestre, o que deverá fornecer uma imagem mais clara da situação económica.
5. Li Ning regressa aos lucros
A gigante chinesa de vestuário de desporto Li Ning regressou aos lucros em 2015, depois de três anos consecutivos de prejuízos, graças à força do comércio eletrónico e ao apoio de políticas governamentais que estão a promover um estilo de vida saudável. A empresa registou um lucro de 14,3 milhões de yuans (cerca de 1,93 milhões de euros), em comparação com um prejuízo de 781 milhões de yuans no ano anterior. O volume de negócios subiu 17%, para 7,1 mil milhões de yuans, impulsionado por um aumento de 98% nas vendas online e de um crescimento de dois dígitos nas vendas em todas as principais categorias de produto. As iniciativas do governo chinês para estimular o consumo e promover um estilo de vida saudável também apoiou a indústria de sportswear no geral. A principal rival da Li Ning, a ANTA, registou um aumento de 20% no lucro em 2015, com as macas mais pequenas 361 Degrees e Xtep a registarem igualmente um crescimento do lucro de 30%. Para o ano de 2016, o presidente-executivo e fundador da Li Ning afirmou que a empresa vai continuar a procurar a rentabilidade constante com a abertura de novos pontos de venda, ao mesmo tempo que mantém os custos operacionais controlados. As ações da Li Ning subiram 8,1% após o anúncio dos resultados.
6. Empresário resgata Borsalino
A produtora de chapéus Borsalino, conhecida pelos seus modelos fedora usados há várias décadas por atores e celebridades como Humphrey Bogart e Rihanna, será resgatada após uma decisão de um tribunal italiano que deu luz verde ao relançamento industrial. Os juízes da cidade de Alessandria, onde a empresa foi fundada em 1857, decidiram a favor de um plano de recuperação do empresário italiano Philippe Camperio, cofundador da empresa de private equity Quest Partners. Camperio vai tornar-se o novo acionista maioritário da Borsalino, anteriormente uma empresa familiar, através da Haeres Equita, uma empresa de investimento de fundos privados. O plano deverá salvar os postos de trabalho dos 110 trabalhadores e chegar a acordo com os credores, incluindo bancos, fornecedores e autoridades fiscais em Itália. Os termos financeiros da transação não foram revelados. Apesar de ter uma marca forte, a empresa perdeu milhões de euros nos últimos anos, tendo regressado aos lucros apenas nos primeiros meses de 2015. O atual diretor-executivo, Marco Moccia, tem liderado a empresa desde que o sócio-maioritário Marco Marenco perdeu os seus poderes em 2008 e foi preso em abril de 2015 por alegada fraude e bancarrota. Tal como muitas empresas de moda de cariz familiar, a Borsalino tinha falta de fundos e de capacidades de gestão para sobreviver à recessão em Itália. Com um volume de negócios de 15,5 milhões de euros em 2015, a Borsalino antecipa chegar aos 17 milhões este ano, revelou em comunicado, acrescentando que vende cerca de 165 mil unidades por ano em 50 países.