Para Joana Esteves, o Brasil pode ser uma opção para substituição de alguns materiais europeus ou asiáticos. «Os produtos que me cativaram mais foram os couros e alternativas recicladas de sintéticos muito utilizados na indústria do calçado» admite. Neste sentido, a internacional sales manager das Josefinas revela ter realizado alguns contactos com fornecedores. «Ficamos com boa impressão e existe uma boa probabilidade de num futuro breve estabelecermos negócio», reconhece.
Também Pedro Ramos faz um balanço positivo da visita à Inspiramais. «Gostei dos knits para sandálias de verão, parece-me que será interessante», afirma. O diretor comercial da Housepring, empresa do Grupo ERT que detém a marca Yum Gum, destaca que «os preços são competitivos e não me parecem muito diferentes daqueles que temos de outros mercados com o espanhol».
Ênfase na sustentabilidade
“Terra” foi o tema escolhido para esta edição do salão brasileiro e de onde resultaram novos produtos que foram apresentados no Conexión Inspiramais, localizado na entrada do salão. O espaço reuniu mais de mil amostras selecionadas pelo Núcleo de Design e que serviram de introdução e orientação ao que os visitantes poderiam encontrar na feira.
No espaço Couro Preview, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil apresentou as tendências do couro 2024. Os responsáveis e os expositores asseguraram que a pele é um material que não tem concorrência e, por isso, estão otimistas quanto ao futuro do setor. «Não há material mais natural e sustentável do que o couro. É claro que é preciso comunicar melhor este material aos consumidores e às empresas», garantem.
Após duas edições consecutivas em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, o Inspiramais tem já confirmada a 27ª edição na cidade, agendada para os dias 24 e 25 de janeiro de 2023. A organização vai debater nos próximos meses se o salão voltará na segunda edição do ano a S. Paulo, a cidade que o viu nascer há 11 anos.