A definição do que seria o conceito da Botton teve origem na abertura de uma loja dentro de um ginásio até que «percebemos que os pedidos dos clientes eram tantos, havia tanta necessidade de novos produtos. Em 1992 não havia marcas de fitness em Portugal e vimos aí uma grande oportunidade», explica o CEO Hélder Cruz ao Portugal Têxtil.
Conscientes da potencialidade de mercado, a Botton manteve a loja durante 20 anos e, em 2011, decidiu expandir-se para novos espaços físicos.
«Temos loja na rua Santa Catarina, em frente à estação de metro do bulhão, no Vila do Conde Style Outlet, em Coimbra, na Figueira da Foz e online. Muito recentemente também abrimos representação para a Escandinávia», revela o CEO.
No final do ano passado, a marca firmou um acordo de representação com um agente para o mercado escandinavo, cuja expansão deverá iniciar-se na Noruega e, no prazo de três anos, alargar-se para a Suécia e a Dinamarca.
Com presença no Chipre, Londres e Munique, a Botton prepara-se agora para invadir o Norte de Espanha através de um cliente que detém uma rede de lojas da especialidade.
Dispondo de um efetivo de 30 pessoas, a empresa que até há dois anos produzia exclusivamente para a marca própria, abriu a linha de produção para o private label conferindo-lhe uma margem reduzida.
«Já pensámos em crescer mas esse crescimento tem que ser muito cautelado, não quero ficar com uma fatia maior que 20% num único cliente. Se um cliente falha, estamos a falar de uma fatia muito grande numa empresa», admite Hélder Cruz.
Apesar da orientação da marca ser mais forte para o segmento feminino a Botton tem a braços o novo desafio de incluir nas suas coleções o segmento masculino, devido à exigência do mercado e às solicitações dos novos destinos de exportação.
Para o futuro, o CEO afirma que o «investimento está todo dirigido para a Escandinávia, para outros mercados externos e, acima de tudo, na reorganização da empresa, para ter melhores práticas e melhores processos».
Torna-se essencial para Hélder Cruz otimizar os processos e reduzir os custos, uma vez que os grandes players da moda entraram em força no plano competitivo com preços mais baixos.
As coleções são concebidas com base na seleção de materiais adequados e criteriosamente pensados para o conforto dos consumidores. «Ponto assente é ter características antitranspirantes, essencialmente e para as mulheres, alta/média compressão, opacidade e antiodor» aponta o empresário.
«A principal dificuldade que se sente no mercado é essa, não se pode combater os concorrentes pelo preço, combate-se pela qualidade», acredita o CEO, que mantém uma parceria com a modelo Diana Pereira para a criação de coleções da marca.