A Axfilia, vocacionada para vestuário de trabalho e proteção está «a crescer, o que sempre tem acontecido ao longo dos últimos 10 anos», afirma a Maria José Machado. Até ao ano passado, a confeção era feita com parceiros em regime de subcontratação, uma situação que mudou no início deste ano.
«Já temos produção própria, temos uma confeção de média dimensão», revela Maria José Machado. «Era o passo necessário para a marca crescer e para ficarmos ainda mais sólidos», justifica a CEO. «Era preciso sermos mais verticalizados. Já tínhamos a parte da tricotagem, que é feita numa empresa de um familiar, mas era importante a finalização do produto», acrescenta.
Com cerca de 60 pessoas, a confeção permite um melhor controlo de qualidade e prazos. «É assumir a responsabilidade perante o cliente, mas também ter a possibilidade de a exigir da cadeia de fornecimento», reconhece Maria José Machado.
O negócio tem vindo a expandir-se e a solidificar-se, garante a CEO. «A marca está sólida na Alemanha, em França, na Bélgica, nos Países Baixos», indica.
A Axfilia tem apoiado esta expansão com a presença em feiras, tendo estado presente na mais recente edição da Intertex, em Portugal. «Já no ano passado a feira suscitou-me curiosidade. Tentei perceber se era útil para nós, vi que era muito internacional e este ano decidi ver como é que podemos crescer por aqui. Sendo a Turquia um dos nossos maiores concorrentes, a ideia foi “se não podes ir contra eles, junta-te a eles», explica.
Para outubro está agendada a participação na A+A. «Expomos sempre desde 2013, só falhámos a última edição, em período de pandemia, em que só visitámos, não expusemos. Agora vamos dar continuidade à nossa presença. É a nossa feira imperdível», considera Maria José Machado.
O reconhecimento da marca tem-se feito sentir no negócio da Axfilia. «Crescemos sempre. Posso dizer que é por isso mesmo que a solidez com que temos estado no mercado se reflete até na nossa faturação. Não foi explosiva como foi para muitas empresas, mas, pelo menos, este ano também não estamos a sentir abrandamento, estamos a sentir continuidade», revela a CEO, que se mantém com os pés assentes na terra quanto ao futuro. «O objetivo é que o cliente continue sempre a comprar e a dar trabalho a quem trabalha para nós», sublinha, referindo-se aos subcontratados que continuam a ser uma parte importante da estratégia.
Para já, acrescenta Maria José Machado, «sentir que há empresas que nos contactam porque nos conhecem como marca, para mim, já é uma grande vitória», pelo que a meta principal é «sermos cada vez mais uma empresa reconhecida na área do vestuário de proteção a nível europeu».