Cientistas australianos acreditam estar perto de uma revolução têxtil com as roupas inteligentes, que automaticamente alteram a sua estrutura em resposta à chuva, à humidade, ao calor e ao frio. Vestuário e tecidos estão a ser desenvolvidos na CSIRO e os investigadores na Universidade de Wollongong, do Intelligent Polymer Research Unit (IPRU), usaram fibras de poliéster de plástico que conduzem electricidade e automaticamente alteram a sua estrutura em resposta à chuva, ao suor, ao calor e ao frio, para criar um novo tecido. Minúsculos sensores cosidos no tecido detectam gotas de chuva, adianta o investigador da CSIRO, Barry Holcombe, e usa impulsos eléctricos para alterar a superfície das fibras de forma a repelir a água. Num clima quente ou frio, as fibras vão expandir ou contrair-se para ajustar a passagem do ar. Holcombe afirmou que as investigações do IPRU são líderes no mundo e na sua opinião, as roupas inteligentes irão estar disponíveis no mercado dentro de 15 a 20 anos. É possível que tenha uma peça de roupa que detecta o ambiente externo e a actividade e a temperatura do seu corpo de forma a ajustar as suas propriedades para maximizar o conforto. Contudo, ele lançou um aviso, já que um dos maiores desafios da indústria têxtil é produzir estes novos tecidos de forma a que se pareçam com as fibras convencionais, o que pressupõe que sejam parecidos visualmente e agradáveis ao toque . O sector militar também está ansioso por começar a adaptar esta tecnologia. Por exemplo: um casaco de artilharia pode ser desenvolvido contendo equipamentos de comunicação e navegação integrados. Se um soldado for atingido, o casaco poderá transmitir informação para o quartel general sobre a gravidade dos ferimentos.