Não estamos muito habituados a fazer compras on line, muito menos no que diz respeito a comprar peças de vestuário sem as poder experimentar. Mas, se ainda são poucos os que o fazem, alguns acreditam em muito pouco tempo o número vai aumentar. Paulo Cunha, há pouco mais de três anos apostou na nova tecnologia e lançou a Atelierdecamisa.com, uma loja virtual onde comercializa camisas por medida. O sucesso das vendas on line levaram à abertura de uma loja no Porto. O seguinte passo será de expandir o negócio o que vai exigir a constituição de uma parceria. Este projecto pioneiro no nosso país, no que diz respeito ao comércio electrónico surgiu não só pela ligação que Paulo Cunha tem com o sector têxtil como consultor, e ao gosto pelas novas tecnologias, mas também pela forte motivação que encontrou nos seus amigos que lhe encomendavam camisas por medida, uma vez que tinham estaturas incompatíveis com os modelos tradicionais. Estas encomendas deram lugar à preparação de um catálogo e daí ao Atelierdecamisa foi um passo. Apoiado pela fábrica de camisas da filha, situada em Matosinhos, a quem subcontrata a produção, e pelo conhecimento de gestão do filho, que estuda Engenharia informática em Londres, Paulo Cunha não hesitou. Depois da abertura da loja na cidade do porto, o empresário pretende avançar já para o próximo ano com a venda on line de calças por medida . Paulo Coelho afirma ter investido até agora perto de 35 mil euros no negócio, sem recorrer a qualquer instituição financeira. A loja virtual tem sofrido remodelações, tem agora uma maior variedade de escolha tanto em design como em tecidos e melhorou também os serviços, contando agora com uma base de dados que pode ser consultada pelo utilizador, que poderá verificar o registo das medidas e histórico de compras realizadas. O Atelierdecamisas.com começou por vender 140 camisas e facturar perto de cinco mil euros, já no ano passado o número de camisas vendidas subiu para 300 e o volume de negócios aproximou-se dos 13 mil euros. O que é um número significante, se tivermos em conta que o site ainda só está disponível na versão portuguesa, e que os seus principais clientes são da Grande Lisboa. Este ano prevê-se que a facturação ronde os 20 mil euros. Neste momento, o negócio não dá para distribuir lucros, mas já é autónomo garante Paulo Cunha.