Com a chegada do novo ano e diferentes planos de adaptação e reestruturação em curso ou já em fase de conclusão, a Business Insider reuniu as marcas que mais prometem em 2017.
Aerie
No passado outono, num inquérito do Piper Jaffray que auscultou as adolescentes americanas, a American Eagle foi escolhida como a marca favorita entre adolescentes de classe alta.
Segundo os analistas, um dos elementos catalisadores do sucesso da American Eagle foi a boa performance da marca de lingerie da retalhista, a Aerie. A marca dominou os portais da especialidade ao atestar não recorrer à utilização das ferramentas de edição do Photoshop, a fim de mostrar imagens mais realistas dos corpos femininos – investida que foi recompensada com um boom nas vendas.
Victoria’s Secret
Com as vendas da Aerie em escalada, a Victoria’s Secret viu-se forçada a fazer algumas mudanças para melhor combater a concorrência em 2016.
Depois de se aperceber do sucesso dos bralettes (soutiens sem enchimento ou aros que se assemelham a crop tops) da Aerie, que ofuscaram as vendas dos modelos push-up acolchoados, a Victoria’s Secret adicionou novos estilos e soutiens desportivos à sua oferta.
No final de 2016, a marca partiu para a ofensiva, apostando nas remarcações de preços dos seus soutiens (ver Victoria’s Secret exercita preços) – a primeira vez na história da empresa (excetuando a época de saldos).
Lululemon
Alavancada pela força do athleisure (ver Athleisure é a tendência do ano), a venda de leggings não deu sinais de abrandamento em 2016 e a Lululemon prosperou com este bom ritmo da tendência que une desporto e moda.
O relatório semestral do Piper Jaffray sobre os gastos das adolescentes norte-americanos revelou que as leggings da Lululemon eram a principal tendência de moda entre aquele segmento de consumidores.
A empresa anunciou em dezembro que, no último trimestre, a receita líquida havia subido 13%, para os 544,4 milhões de dólares (aproximadamente 516,4 milhões de euros), superando as previsões dos analistas.
Calvin Klein
A Calvin Klein, por seu lado, impulsionou as vendas com uma renovada aposta de marketing, que incluiu as celebridades preferidas dos adolescentes. A campanha #MyCalvins apresentou a modelo Kendall Jenner e a atriz Bella Throne, ambas com milhares de seguidores nas redes sociais.
A retalhista investiu ainda na tendência de lingerie confortável, com o lançamento, no terceiro trimestre, de soutiens com um «conforto sedutor», oferecendo ainda tamanhos maiores – um movimento que a Calvin Klein afirma representar 25% a 30% do seu negócio total de soutiens nos EUA.
Under Armour
Nos últimos dois anos, a Under Armour cresceu na ordem dos 30%. Ainda que a empresa tenha anunciado que o ritmo de crescimento deverá desacelerar nos próximos dois anos, a retalhista de fitness tem alguns truques na manga.
A empresa está a apostar no seu negócio de calçado desportivo, com uma nova linha de sapatilhas de basquetebol desenvolvida em parceria com um dos mais conhecidos jovens jogadores, Steph Curry.
Além disso, em dezembro, a Under Armour conseguiu um contrato exclusivo de 10 anos para desenvolver e produzir todos os uniformes da Major League Baseball (MLB), com arranque em 2020.
Everlane
A Everlane é a única retalhista desta lista que não gere lojas físicas.
Fundada em 2010, a Everlane foi uma das primeiras marcas a dar prioridade ao comércio eletrónico e à transparência da cadeia de aprovisionamento. Agora, são muitos os retalhistas online que conseguiram reduzir os preços eliminando intermediários – mas a Everlane tem a vantagem de ter chegado primeiro.
Em 2016, a retalhista onlina estreou vários modelos de calçado, com 6.500 utilizadoras a escrever o seu nome na lista de espera dos “Modern Oxford”, antes mesmo de o modelo estar à venda. Este ano, o leque de produtos deverá continuar a expandir-se.
Adidas
De acordo com os analistas, a Adidas tem potencial para suplantar a Nike como maior empresa de vestuário e calçado desportivo nos EUA em 2017.
Em 2015, a marca alemã abriu um novo laboratório de design na cidade natal da Nike, em Portland, no estado norte-americano de Oregon, lançou novos modelos e atualizou propostas de herança como as Stan Smith, reposicionando-as como ícones de estilo.
Além disso, o endosso a celebridades e as parcerias como a estabelecida com o rapper Kanye West na linha Yeezy ajudaram a fazer da Adidas uma marca de moda a acompanhar de perto (ver Adidas tem o fator cool).