A carda C60 e o sistema de fiação de rotor R40 constituem as últimas novidades tecnológicas da Rieter Textile Systems, o gigante suíço que lidera o mercado da maquinaria têxtil para fiação, e não só. A carda C60 destina-se aos sistemas open end e de anéis grossos e dispõe de uma capacidade de produção até 150 kg/h. Algumas inovações tecnológicas interessantes foram introduzidas nesta carda, com o objectivo de reduzir o consumo de energia eléctrica, a mão-de-obra e aumentar a produção por metro quadrado, sem comprometer a qualidade do fio. Esta unidade é composta por três módulos sistemas de entrada, de cardagem e de formação do véu e fita, que podem ser retirados rapidamente e substituídos pelos módulos reservas, proporcionando a manutenção com a máquina em funcionamento. Além deste novo sistema de manutenção inteligente, a carda C60 apresenta ainda um novo sistema de alimentação integrado, que possibilita uma melhor formação da manta e níveis baixos de CV%, assim como um novo sistema de cardagem, cuja grande novidade reside no aumento de 50% na largura do tambor, o que vai permitir produzir com qualidade e com maior produtividade. Em relação ao sistema de fiação de rotor R40, o coração da máquina é formado pela nova spin-box da Suessen SC-M, convertida em SC-R para o R40 e que tem como principal inovação tecnológica o sistema bypass para o ar. Este sistema bypass faz com que a quantidade necessária de ar total dentro da spin-box para o transporte das fibras para formar o fio seja a mesma, mas com ajustes parciais independentes através do próprio bypass. Isto permite que haja um melhor controlo e maior extracção de micropoeiras com caudais diferentes e reguláveis no canal separador de resíduos, aumentando a eficiência do sistema e a qualidade do fio. A adaptação da spin-box SC-M para SC-R também produziu na geometria do R40 um ângulo de saída do fio mais adequado a altas velocidades de enrolamento, que possibilita menos rupturas e menores torções nos fios. A velocidade de fiação do R40 vai até 235 m/min, com bobinas cilíndricas ou cónicas, que podem apresentar um diâmetro máximo de 340 mm e até 5 kg de fio/bobina. A rotação máxima é de 150000 rpm para rotores de 28 mm e de 70000 rpm para rotores de 56 mm. Este sistema de fiação apresenta um robô de cada lado, especialmente desenvolvido para conferir maior eficiência às funções de troca de bobinas, emendas, etc. O novo robô controla o fuso independentemente das regulações das máquinas. Quando está a assistir o fuso, o robô tem o comando completo deste e as emendas são feitas com a velocidade do rotor a 80% da velocidade de fiação. Isto garante uma melhor aparência e resistência da emenda, pois as emendas fracas não suportam partidas em alta velocidade e rompem-se, as mais resistentes permanecem no processo, o que resulta num aumento de eficiência nos processos posteriores de tecelagem e tricotagem. E por falar em tricotagem, o avanço da tecnologia destinada à tricotagem de produtos completos parece também imparável. Com efeito, a empresa alemã Stoll assegura ter conseguido importantes reduções nos parâmetros de produção com o desempenho do seu novo modelo de tear CMS 340 TC knit and wear. Em concreto, a técnica Stoll knit and wear «permite diminuir os custos de produção, reduzindo o tempo das passagens para metade e o consumo de fio». O modelo CMS 340 TC inclui vários dispositivos especiais. O écran deslizante, «sempre no lugar dos acontecimentos», permite introduzir ordens técnicas com o contacto visual do tecido. O denominado Stoll-touchcontrol possibilita a visualização do ajuste individual, com tricotagem sequencial confortável e a função ajustar amostra. O controlo dos jogos do tear com PTS (Power Tension Setting) permite um reajuste extremamente rápido do grau de aperto, como no caso de malhas com tranças ou de ourelas. Este modelo de tear está equipado com agulhas CMS, que proporcionam uma malha firme com um consumo reduzido das agulhas. Pela sua parte, as platinas de retenção controladas oferecem uma técnica de retenção patenteada pela Stoll, que produz uma malha de elevada qualidade. O CMS 340 TC também se encontra equipado do sistema Stoll-multiflex, com estirado principal, estirado superior e pente de estiragem, de programação autónoma e com segmentos de cilindro reguláveis. Além do mais, este tear dispõe ainda de um dispositivo de corte que permite a eliminação automática do fio e pode apresentar até 32 guia-fios. A inovação tecnológica estende-se também às máquinas de tingimento. Com efeito, entre as última novidade apresentadas pela Thies, destaca-se a air-stream. Segundo fontes da empresa, «a air-stream constitui uma nova geração de máquinas de tingimento a altas temperaturas para produtos fabricados com as fibras modernas segundo o princípio aerocinético». Por exemplo, as malhas com fibras Lyocell exigem um tratamento superficial perfeitamente controlado, enquanto que a corda de microfibras necessita de altas velocidades de circulação para a sua abertura e distribuição. A Thies sublinha que o sistema air-stream cumpre essas exigências «com a maior flexibilidade», graças a um transporte aerodinâmico do tecido em relações de banho ultracurtas, desde 1:3. O modelo air-stream encontra-se disponível em versões que apresentam desde 1 até 4 acumuladores, cada um com uma largura de 800 mm e uma capacidade até 250 kg, segundo o tipo de fibra e o aspecto do material têxtil. O transporte da corda efectua-se por meio de um assoprador silencioso de alta capacidade, integrado numa autoclave de tingimento com circuito de circulação de ar, atingindo velocidades até 1000 m/min. O transporte do tecido apoia-se em aspas de transporte de movimento livre com accionamento individual de regulação contínua. A zona de tratamento intensivo foi construída como um canal de ar com sonda rectangular, equipado com um alimentador de banho. Estes novos sistemas de carda, de spin-box, de tear e de tingimento confirmam que a tecnologia de fiação, tricotagem e ultimação ainda têm fôlego para aumentos significativos na eficiência da produção, visando sempre manter a qualidade dos produtos.