Aprovados menos de dois terços dos pedidos de lay-off

Cerca de 113,5 mil empresas pediram para aderir ao regime de lay-off simplificado desde o início do surto de coronavírus, num total de 1.315,414 trabalhadores.

De acordo com o Diário de Notícias, foram aprovadas 63% destas solicitações, segundo dados oficiais do Ministério do Trabalho, atualizados até 15 de junho. Um valor que subiu ligeiramente quando comparado com o mês anterior, altura em que foram aprovados 60% dos pedidos.

Os restantes 37% são pedidos ainda não aprovados, o que pode acontecer por diversas razões: indeferimentos, pedidos ainda em análise ou falta de informação.

A ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, já esta semana tinha afirmado que, até agora, «o sistema de lay-off simplificado abrangeu, no total, 849.715 trabalhadores, na sequência de 105.404 pedidos». No total o Estado gastou 580 milhões de euros.

Ainda de acordo com os dados do ministério do Trabalho, é possível aferir que o recurso ao sistema de lay-off está a abrandar de forma notória. Até 16 de maio, o aumento do número de trabalhadores abrangido pelo apoio atingiu os 107 mil; agora, desde o início de junho até ao passado dia 16, a subida fica-se pelos 19,3 mil casos.

O lay-off simplificado é a medida mais emblemática criada pelo Governo, em março, no âmbito da crise provocada pelo surto de Covid-19, para ajudar as empresas a manter os postos de trabalho. O diploma prevê o apoio financeiro no valor igual a dois terços da retribuição ilíquida do trabalhador até um máximo de três salários mínimos (1.905 euros), sendo 70% assegurado pela Segurança Social e 30% pelo empregador, com duração de um mês renovável pelos próximos três meses, caso se justifique.

O apoio terá novas regras a partir de agosto.