Desde 2019 que os têxteis-lar, em particular os felpos, têm sido o foco da April & May, que teve um começo atribulado devido à pandemia que praticamente parou o mundo. «Foi a pandemia, a seguir à pandemia a guerra e, parecendo que não, tem sido difícil», assume Manuela Dias, que lidera a parte operacional da April & May, com o apoio de Carmen Regueiras. Ainda assim, as perspetivas não deixam de ser positivas, até porque «temos produtos bons, que os clientes gostam», sublinha.
A empresa tem vindo a crescer passo a passo, apoiada por dois parceiros produtivos: um para os felpos, a atividade principal, e outro para a cama. «São empresas muito boas, certificadas, em quem confio plenamente, porque tudo o que vem de lá vem perfeito», justifica Manuela Dias.
O design de cada coleção é pensado por Manuela Dias, distinguindo-se pela oferta coordenada em termos de cores e grafismos. «O nosso conceito é poucas cores e coordenados, fazer conjugações que funcionem bem. Não quer dizer que se o cliente nos pedir 20 cores, não as possamos fazer. No entanto, não é o nosso objetivo», refere.
Atualmente a empresa tem um showroom de 150 metros quadrados e está a preparar mais um passo no crescimento, com a oferta em stock service para responder a retalhistas mais pequenos. «É um plano que já podia estar em marcha. Mas como somos pequenos, temos de ir com calma. Quero ver se arranca no próximo ano. Se as coisas começarem a melhorar um bocadinho, iremos fazer um stock com a marca, com o nosso nome, e vender àquelas lojas que aparecem e querem 20 ou 50 peças. Já estamos a fazer um bocadinho isso, mas mais para o mercado interno e para dois ou três clientes pequeninos que temos. Agora queremos fazer um departamento próprio para fazermos essa distribuição», explica Manuela Dias.
Depois de em 2021 ter tido «o melhor ano», 2022 acabou por ser menos positivo. Segundo Manuela Dias, «estava a correr muito bem, depois chegaram as férias e estagnou. Ainda abriu um bocadinho, mas tivemos ali dois meses muito fracos, que não era costume», até porque, adianta Cármen Regueiras, «o último semestre, normalmente é melhor do que o primeiro».
Com a maior parte das vendas direcionadas para os mercados externos, onde tem clientes em países como os EUA, a Austrália, o Chile, o Canadá e o Dubai, a April & May espera continuar a chegar a novas latitudes. Para isso tem participado em feiras, como a Heimtextil e a Guimarães Home Fashion Week, e está, neste momento, a analisar a presença noutros certames.
