Martin Margiela na primeira edição em 1989, depois Véronique Leroy, Viktor & Rolf, Jeremy Scott, Bless, Anne-Valerie Hash, Felipe Oliveira Baptista, Bernhard Wilhelm, Bruno Pieters,… Foram os eleitos pelo Andam quando eram apenas “aprendizes de costureiros”. Este ano, foi Gareth Pugh que ganhou a admiração do júri. O jovem londrino juntou-se assim aos 24 laureados jÁ distinguidos e marca a 19.ª edição do Andam: uma edição sob o signo das novas orientações da sua presidente, Nathalie Dufour, que deseja aumentar o prémio. Muito reconhecido no estrangeiro, passou uma primeira etapa em 2005, abrindo as candidaturas aos não-residentes em França. Agora o Andam torna-se num prémio internacional único e recompensa um único laureado com um prémio de 150 mil euros – um dos prémios monetÁrios mais significativos no universo da moda. Apoiado historicamente pelo Defi – Comité de Desenvolvimento e de Promoção do VestuÁrio e pelo Ministério da Cultura francês, o Andam conta também com diversos parceiros privados ligados ao mundo da moda. Beams (Tóquio), Fundação Pierre Bergé e Yves Saint Laurent, Galerias Lafayette, Longchamp, L’Oréal Professionnel, LVMH e Swarovski comparticipam hÁ vÁrios anos o seu financiamento. Profissionais externos intervêm também na localização dos futuros talentos. A edição de 2008 reuniu um júri de 12 personalidades, de todas as Áreas. Paul Benyamine, director do Defi; Nathalie Dufour, directora do Andam; Jefferson Hack, chefe de redacção da Another Magazine; Olivier Kaeppelin, delegado das artes plÁsticas no Ministério da Cultura; Marie-Pierre Lannelongue, chefe de redacção da Style; Valérie Leboucq, chefe de redacção da Série Limitée des Echos; Sarah Lerfel, responsÁvel de compras e da direcção artística na Colette; Jessica Michault, chefe de redacção on-line do departamento de moda do International Herald Tribune; Joseph Quartana, proprietÁrio e comprador na Seven (Nova Iorque); Olivier Saillard, encarregado da programação do Museu da Moda e do Têxtil de Paris; Rebecca Voight, jornalista de moda independente; e Olivier Wicker, chefe de redacção da Next, o suplemento mensal do diÁrio Libération, foram os responsÁveis pela escolha de Gareth Pugh para o prémio deste ano, depois de pré-seleccionadas dezoito candidaturas. Para Jefferson Hack, entre as estrelas britânicas em ascensão, Gareth é um dos mais dotados, um designer com uma visão única e forte. Muitas vezes teatral e futurista, materializa o impossível através de um estilo altamente inventivo. é uma oportunidade enorme para Gareth poder apresentar a sua moda avant-garde na passerelle mundial que é Paris, capital da costura e da moda artística». O criador por sua parte, considera que ser reconhecido por um júri tão prestigiado que inclui Sarah da Colette e Joseph Quartana da Seven é uma enorme ajuda, e o desfile em Paris vai permitir que a minha marca passe para um nível superior». Se a criatividade se mantém como ponto central, é tempo, contudo, de dar um novo impulso, mais de acordo com a conjuntura e as evoluções do sector. Com efeito, a hora é de fusão e as clivagens criação/gestão tendem a esbater-se. Os jovens talentos devem, por isso, ter um projecto concreto», como explica Nathalie Dufour. Entre os novos critérios para concorrer, a marca terÁ de existir hÁ pelo menos duas estações e gerar um volume de negócios superior a 3.000 euros. Os 150.000 euros do prémio vão permitir, em parte, o financiamento da colecção de Gareth, que serÁ revelada em Outubro nos pódios parisienses, e, por outro lado, apoiar o desenvolvimento da marca. Um desenvolvimento que passa por uma estratégia de marketing e comunicação e um trabalho de imagem coerente.