Ana Sousa mais amiga do ambiente

Flora Sustainable é o nome da linha sustentável da Ana Sousa, que conta com matérias-primas menos prejudiciais ao ambiente, como algodão orgânico e liocel. A aposta, que começou no outono-inverno 2019/2020, foi reforçada na primavera-verão 2020, numa altura em que a marca está a adaptar as suas coleções à situação atual.

Introduzida na categoria smart fashion – que inclui, entre outras, jeans hidratantes e que ajudam a combater a celulite –, a linha Flora Sustainable é «produzida de forma eco-friendly, privilegiando o uso de tecidos sustentáveis e métodos de produção que respeitam o plano e o corpo de quem irá vestir cada peça», revela a marca em comunicado.

Na coleção para a primavera-verão, a Ana Sousa apresenta peças feitas com algodão orgânico – sem a utilização de pesticidas no cultivo – e algodão reciclado pré e pós-consumo, assim como liocel com produção mais ecológica, que resultou em vestidos e calças com o brilho da seda, «mais fáceis de cuidar e com maior resistência aos vincos». A marca usou ainda, pela primeira vez, poliéster reciclado nas suas propostas, que se declinam em tons de azul-céu, bege e denim em tom médio.

A linha está disponível online e nas lojas físicas, em Portugal e a nível internacional em mais de 32 países, depois dos pontos de venda terem reaberto. «Estamos a fazer a reabertura com muita tranquilidade, estamos a ser muito cautelosos», assumiu Rute Sousa, CEO da MJJS, que é a responsável pela distribuição da marca numa entrevista publicada na edição de maio do Jornal Têxtil.

Rute Sousa

A aposta na sustentabilidade surge numa altura em que a Ana Sousa está a rever as coleções para responder à alteração na procura provocada pelo confinamento e a pandemia de Covid-19. «Para a primavera-verão, aquilo que não tinha sido produzido, tentámos reajustar-nos», explicou Rute Sousa. «Temos uma linha muito forte a nível executivo e temos uma linha muito forte a nível de festa, mas as pessoas começaram a trabalhar em casa, as executivas não precisam de roupa para ir trabalhar, os eventos foram cancelados, por isso não precisamos de roupa para festas, os restaurantes estão encerrados, logo não precisamos de roupa para sair e, por isso, tivemos que ajustar já aqui o que foi possível», acrescentou.

«Os modelos não produzidos foram reajustados, reduzimos a oferta a nível de executiva e a nível de festa e canalizámos para uma linha mais casual e mais sportswear, que é exatamente aquilo que estamos a fazer na nova coleção [para o outono-inverno 2020/2021]», referiu a CEO da MJJS.

Em cima da mesa está ainda a utilização dos stocks de tecidos e acessórios adquiridos para esta estação na coleção primavera-verão de 2021. «Os designers terão o papel de reinventar, de serem criativos, de pegar naqueles materiais e utilizarem em novos modelos», concluiu Rute Sousa.