A consultora aponta para que as vendas sazonais não ajustadas subam 3% em termos anuais em novembro e dezembro, para cerca de 915 mil milhões de dólares (cerca de 858 mil milhões de euros), 70 % das quais em lojas físicas. Contudo, 90% do crescimento deverá ser proveniente das vendas fora das lojas físicas, nomeadamente do comércio eletrónico e encomendas por catálogo.
Ajustado à inflação, o crescimento real das vendas a retalho na época de Natal nos EUA será reduzido, situando-se em apenas 1,0%, bem abaixo da média de 10 anos, representando o menor crescimento real das vendas desde a crise financeira, destaca a Bain & Company.
Clara Albuquerque, partner da Bain & Company em Lisboa, sublinha que «na Europa e em todo o mundo, assistimos a um aumento dos custos não discricionários, bem como à subida das taxas de juro, o que resultou numa diminuição das despesas com presentes. No entanto, as empresas podem ter uma pausa devido às compras antecipadas com o Amazon Prime Day ou o Singles’ Day, que poderão impulsionar novamente as despesas de Natal».
A consultora deixa algumas ideias para que os retalhistas possam aumentar as vendas em loja, nomeadamente a antecipação do período das vendas para o Natal, lançamento de campanhas de comunicação estratégicas e promoções, melhoria do atendimento ao cliente e personalização da oferta, utilização das lojas físicas para impulsionar as vendas online e a aposta em vendas unitárias e nos lucros em vez de na subida dos preços.
«Os retalhistas experientes vão começar cedo e vão liderar com mensagens de valor – tanto em termos de preço como de qualidade – usando pontos positivos comuns para atrair consumidores potencialmente cautelosos nesta época de Natal», sublinha Sarah Irizarry, associate partner na área do retalho na Bain & Company. «Os vencedores vão continuar a investir neste ambiente desafiante e vão focar-se em novas soluções que personalizem a sua oferta e melhorem o serviço ao cliente no geral», conclui.
De acordo com a análise da Bain & Company, as vendas a retalho nos EUA têm estado lentas em 2023, assinalando um crescimento de 4% em termos anuais. O crescimento tem sido impulsionado em grande parte pelas vendas online, juntamente com uma série de categorias de produto nas lojas físicas, nomeadamente cuidados pessoais e de saúde, produtos generalistas e alimentação e bebidas.