A equipa, liderada por Helen Zha, professora assistente no Departamento Isermann de Engenharia Química e Biológica, recebeu a bolsa da National Science Foundation (NSF) para explorar alternativas sustentáveis aos têxteis sintéticos usados na fast fashion.
Com esta bolsa, a equipa vai desenvolver processos para produzir têxteis e corantes com características de couro sem recorrer a combustíveis fósseis e a partir de fontes renováveis, nomeadamente fungos, plantas e proteínas artificiais inspiradas na natureza.
«A sustentabilidade dos materiais é, atualmente, um dos principais desafios que a sociedade enfrenta», explica Helen Zha. «Embora a investigação no meu laboratório trabalhe para responder a uma vasta gama de desafios tecnológicos, como materiais para melhorar a administração de medicamentos ou regeneração de tecidos, reduzir o desperdício e desenvolver novos materiais fabricados a partir de recursos renováveis são igualmente prioridades», afirma.
«A seda natural de aranha é um dos materiais mais robustos encontrados na natureza», destaca Helen Zha. «Contudo, fazer criação de aranhas é impossível devido à sua natureza canibal. Em vez disso, vamos criar bactérias para produzir uma versão artificial. É um processo escalável em termos comerciais e de produção ecológica, semelhante a fazer cerveja ou iogurte. Uma das nossas estirpes de bactérias mais empolgantes usa resíduos de polietileno como fonte alimentar para produzir a proteína recombinante de seda de aranha», revela.
O projeto é um dos 16 que recebeu financiamento do programa Convergence Accelerator da NSF, que tem como objetivo fazer convergir os avanços em ciência fundamental dos materiais com design de materiais e técnicas de produção.