O mais recente relatório da Textile Exchange revela que 2019/2020 foi já um ano recorde, com a maior colheita de sempre de algodão orgânico: um total de 229.280 agricultores produziram 249.143 toneladas em 588.425 hectares de terra orgânica certificada em 21 países. Segundo a associação sem fins lucrativos, isto representa um crescimento de 4% no volume de fibra, sendo o quarto ano consecutivo que a produção de algodão orgânico aumentou. Ainda assim, o algodão orgânico representou menos de 1% da colheita mundial de algodão nesta época.
Entre os maiores produtores de algodão orgânico, que em conjunto têm uma quota de 95%, estão a Índia (50%), a China (12%), o Quirguistão (12%), a Turquia (10%), a Tanzânia (5%), o Tajiquistão (4%) e os EUA (3%). Em 2019/2020 houve ainda dois novos países – o Uzbequistão e Myanmar – que se juntaram à lista de produtores de algodão orgânico e a Textile Exchange antecipa que mais três se juntem nos próximos anos. Entre os países que mais contribuíram para o crescimento da produção de algodão orgânico na época passada encotram-se a Tanzânia e o Quirguistão, seguidos do Uganda, EUA, Paquistão, Índia e Turquia.
«A procura por algodão orgânico tem estado a crescer consistentemente, sobretudo nos últimos quatro anos», revela La Rhea Pepper, fundadora e CEO da Textile Exchange. «Todos os sinais apontam para um aumento da procura de algodão orgânico à medida que as marcas expandem a utilização da fibra nas suas linhas de produto em resposta às preocupações com o impacto da indústria têxtil no ambiente e às exigências do consumidor por opções sustentáveis», afirma.
A Índia lidera também na conversão de terra para a produção orgânica, seguida de mais perto pela Turquia, o Tajiquistão e a Tanzânia. Pelo menos 50.552 hectares de solo estavam em conversão para o cultivo de algodão orgânico em 2019/2020, o equivalente a 8% de toda a área produtiva certificada.
2020/2021 repete crescimento
A produção de algodão orgânico deverá aumentar consideravelmente esta época, com a projeção de um crescimento de 48%, impulsionado sobretudo pela Índia e pela Turquia.
«A Textile Exchange apela a todas as marcas que “planeiem para plantar”, incluindo o apoio aos anos de conversão, para assegurar que o orgânico está disponível para responder às suas necessidades futuras», salienta Rui Fontoura, estratega de fibras da Textile Exchange.