Neste primeiro relatório de impacto, a CottonConnect centrou-se nos resultados dos seus programas de produção de algodão de 2021/2022 aplicados no Paquistão, na China, na Índia e no Bangladesh, que incluem o programa de produção REEL, o programa de formação de agricultores em algodão orgânico, um programa direcionado para as mulheres na indústria de algodão e ainda outro dedicado à saúde e segurança em unidades de descaroçamento.
O programa de algodão REEL, cuja produção de algodão é reconhecida pela Textile Exchange como preferível, aumentou em 18,1% o lucro para os agricultores, com uma subida de 6,6% na produtividade e uma redução de 11,4% nos custos de matérias-primas, em comparação com um grupo de controlo de agricultores, tendo estes dados agregados sido verificados por terceiros. «As práticas agrícolas sustentáveis reduziram o impacto do cultivo de algodão no ambiente, com a utilização de químicos a diminuir 16,6%, a de fertilizantes químicos a baixar 20,4% e o uso de água a ser reduzido em 11,4%», salienta a CottonConnect.
Estes resultados foram conseguidos «com o apoio aos agricultores para adotarem práticas agrícolas sustentáveis ensinadas no REEL Cotton Programme», que tem a duração de três anos e possui critérios desenvolvidos especificamente para as necessidades dos agricultores, aponta o estudo.
A CottonConnect, que é também parceira de implementação da Better Cotton, solicitou ainda um estudo de avaliação de ciclo de vida do REEL, que deu conta de uma melhoria dos resultados na maioria dos indicadores do programa.
Para La Rhea Pepper, cofundadora da Textile Exchange, «isto apoia o objetivo final da Textile Exchange de ajudar a escalar um sistema mundial de produção de algodão que não só funciona para reduzir os impactos negativos mas que junta os benefícios positivos que o algodão pode ter para as pessoas e para o ambiente».
De igual forma, a CEO da Cotton Connect afirma que «queremos aumentar a resiliência das comunidades de cultivo de algodão através da igualdade de género, património financeiro e uma transição justa. Mais importante, envolver os agricultores na tomada de decisões e dar-lhes um futuro inspirador».