A confiança dos consumidores alemães voltou a subir no início da Primavera. Quem o diz é a empresa de estudos de mercado Gfk Group num estudo publicado no passado dia 27 de Abril. Dentro deste clima de optimismo vivido na Alemanha, tanto as expectativas referentes à economia, como as referentes aos rendimentos das famílias sofreram uma melhoria significativa. Mas nem tudo são boas notícias no estudo revelado pela Gfk. A propensão para o consumo, apesar da melhoria nos restantes índices, sofreu uma queda marginal comparativamente ao mês anterior. «Existem sinais crescentes da recuperação económica alemã, facto que começa a ser sentido pelos consumidores que desta forma demonstram uma maior optimismo face ao futuro», refere o documento. Paralelamente, a uma maior confiança na performance económica, junta-se a confiança quanto à recuperação e estabilização financeira das famílias, que esperam também melhorias significativas nos seus níveis de rendimento, facto claro no estudo de Abril. Do lado negativo, aparece a propensão para o consumo. Este valor surge em baixa no relatório da Gfk, motivado essencialmente pelos efeitos nefastos provocados pela alta dos combustíveis e por uma mudança de hábitos surgida na crise que ainda se faz sentir nos países do sul da Europa. A confiança dos consumidores alemães face à economia cresceu em Abril para os 22,5 pontos, o que representa um crescimento de 54 pontos base face a igual período do ano passado. As expectativas alemãs quanto ao seu rendimento também cresceram significativamente, situando-se no ponto mais alto nos últimos nove anos. Desde Maio de 2001, antes dos ataques terroristas às Torres Gémeas em Nova Iorque e ao Pentágono em Washington, que os alemães não estavam tão optimistas quanto aos rendimentos que auferem ou esperam vir a auferir. A propensão para o consumo, por parte das famílias da maior economia europeia, não está ainda a capitalizar o momento positivo reflectido nos outros dois indicadores. O indicador que mede essa propensão deslizou ligeiramente (1,8 pontos) para os 21,6 pontos. Segundo os analistas, apesar desta queda, o indicador de consumo ainda continua a apresentar valores «muito satisfatórios». Apesar da queda mensal, o indicador de consumo cresceu 9,2 pontos face a igual período do ano passado. A recuperação económica alemã e da confiança dos seus consumidores é fulcral para a Indústria Têxtil e de Vestuário portuguesa que tem naquele mercado um dos principais destinos para as suas exportações.