A especialista em tinturaria e acabamentos do grupo Impetus está em evolução e a acertar as agulhas para preparar o crescimento no próximo ano. «Neste momento estamos a fechar a estratégia. Se tudo correr bem, em final de outubro, início de novembro, estará fechada», revela Susana Serrano.
Este «ajuste de estratégia», desvenda a nova CEO e board member da Acatel, irá ter impacto também nas feiras internacionais que a empresa faz. «Vamos mudar um bocadinho a forma como o fazemos e como abordamos», afirma, mas ainda sem dar mais detalhes.
Certo é que a visão da Acatel se irá alinhar pela aposta na verticalidade, na sustentabilidade e na rastreabilidade do grupo Impetus. Prova disso foi já a apresentação realizada na Première Vision Paris, em setembro, onde a Acatel foi a porta-voz da inovação que se faz dentro de todo o grupo, nomeadamente dos projetos com a Good Earth Cotton, que traz algodão com pegada de carbono positiva, com a FibreTrace, para a rastreabilidade, e com a Texloop, da Circular Systems, através do qual incorpora resíduos pré e pós consumo, numa proporção até 47,5% para já, nas malhas.
«Acreditamos, cada vez mais, que para conseguir a excelência da sustentabilidade e da inovação não o podemos fazer sozinhos, temos de o fazer como grupo e temos de o fazer sempre com parcerias extra», explica ao Portugal Têxtil.
A empresa mostrou ainda as malhas com o fio E*Retrace, produzido com «resíduos que são mesmo do grupo Impetus» e artigos tingidos «com corantes naturais e amaciadores naturais, todos eles, obviamente, já com a certificação devida», sublinha a CEO. Aliás, esse é um ponto importante para a Acatel, considera Susana Serrano, que assegura que, «em Portugal, a Acatel é quem tem mais certificações a nível de sustentabilidade».
Crescer em 2021
No ano passado, a empresa, que emprega cerca de 190 pessoas, «esteve bem», indica a CEO, mas este ano deverá superar. «Neste momento [meados de setembro], em termos de volume de volume de negócios, estamos melhor ainda do que estivemos no ano passado e em 2019. Estamos em crescimento», assume Susana Serrano. Depois de, em 2019, o volume de negócios ter rondado os 11 milhões de euros e, em 2020, ter ficado próximo dos 12 milhões de euros, este ano, «em período homólogo, já está superior. Vamos passar os 12 milhões de euros», acredita.
O crescimento no futuro far-se-á em consonância com a aposta na verticalidade do grupo e também com investimentos na chamada indústria 4.0. «Estamos a investir muito na otimização dos processos internos para chegarmos à parte da indústria 4.0, à parte da digitalização. E vamos investir também em equipamentos no próximo ano», confidencia Susana Serrano.
Uma outra meta, embora a CEO reforce que «estamos a apostar cada vez mais na questão da verticalidade do grupo e isso tanto serve para servirmos a Impetus, como para servirmos outras marcas», passa pelo aumento da exportação, sendo que atualmente os principais mercados externos são França e Espanha. «Está tudo em aberto, mas a ideia é consolidar e aumentar, pelo menos, estes mercados», e, juntamente com a otimização interna, «será sempre para crescer», garante.