A China, o maior produtor têxtil do mundo, apresentou resultados das empresas do sector relativos à primeira metade deste ano, onde se verifica um decréscimo dos lucros como resultado do abrandamento global e dos elevados preços do algodão no mercado interno. Segundo previsões de alguns analistas, o sector regista um crescimento moderado para o ano inteiro, um resultado do facto das exportações terem constituído factor dinamizador desta industria em 2000. Isto, apesar das recentes reformas fornecerem alguma ajuda a longo prazo. O facto de Beijing avançar para a não-fixação dos preços do algodão no mercado interno, que deverão baixar em relação aos níveis do mercado global, e a entrada da China para a OMC, que é esperada até princípios do próximo ano o mais tardar, vai ajudar a preencher a lacuna criada pela queda brusca das exportações. A maioria das empresas registou uma redução de lucros na primeira metade deste ano, tendo algumas enfrentado mesmo significativos prejuizos. A Shenzhen Victor Onward Textile Co, que exporta 96% do vestuário que produz, afirmou que a redução da procura nos Estados Unidos e Europa levou à diminuição das vendas verificada. Segundo um analista da China Southern Securities, Guo Changsheng, «em termos genéricos, as empresas têxteis chinesas estão ainda a recuperar da depressão do sector nos finais dos anos 90». O mesmo analista afirma ainda que «o seu crescimento está a abrandar comparado com 1999 e 2000, especialmente devido ao abrandamento global da economia».