Os últimos meses têm ficado marcados pelo anúncio de diferentes parcerias do grupo britânico. Da Grécia à índia, passando pelo Sri Lanka, a M&S parece estar decidida a juntar esforços com diferentes parceiros. Em Janeiro, anunciou que despendeu 50 milhões de euros para adquirir 50% na joint-venture com a cadeia grega Marinopoulos, que jÁ opera as lojas Marks & Spencer na Europa de Leste, uma joint-venture que pretende abrir 50 novas lojas de vestuÁrio na região nos próximos anos. Actualmente, a Marinopoulos opera 38 lojas Marks & Spencer na Grécia e em alguns estados dos Balcãs, incluindo a Roménia e a BulgÁria, e também na Suíça. O grupo Marinopoulos é parceiro da M&S hÁ 30 anos e tem os direitos exclusivos para operar as suas lojas na Grécia, Roménia, BulgÁria, Sérvia, CroÁcia, Eslovénia e Suíça sob um acordo de franchising. Tem também direitos para operar na Áustria, Bósnia Herzegovina, Macedónia, Albânia e Montenegro onde, actualmente, ainda não existem lojas M&S. Para Carl Leaver, director de negócios internacionais, esta é uma oportunidade fantÁstica para abrir muitas mais lojas Marks & Spencer na Grécia e nos Balcãs e a nossa joint-venture com o Marinopoulos significa que realmente podemos colocar a M&S no mapa nesta parte do mundo. Na Grécia jÁ temos uma sólida plataforma e hÁ uma crescente procura por produtos de boa qualidade e com grande valor da M&S em mercados como a Roménia e a BulgÁria». A M&S quer, assim, expandir o seu negócio internacional para 15% a 20% do volume de negócios do grupo e estÁ jÁ no bom caminho: nos resultados do terceiro trimestre, actualizados a 9 de Janeiro, a empresa anunciou que as vendas do negócio internacional aumentaram 15,1%. Mas quando, em Novembro, a M&S anunciou planos para se expandir no estrangeiro, a índia e a China foram também citados como potenciais mercados de crescimento (ver M&S reforça estratégia internacional) e o retalhista britânico estÁ também em negociações com a Reliance para uma possível joint-venture na índia (ver Aliança entre Reliance e M&S?). Segundo as informações avançadas, as duas empresas estariam a discutir planos para juntar forças para vender vestuÁrio e alimentação na índia mas ainda não chegaram a uma decisão para formar uma parceria. A M&S vende vestuÁrio na índia desde 2001 através de um acordo de franchising com a indiana Planet Retail. As 13 lojas franchisadas da empresa vendem sobretudo vestuÁrio, embora um outlet em Deli venda uma gama seleccionada de produtos alimentares. Este é um mercado muito apetecível, jÁ que o sector do retalho organizado na índia estÁ avaliado em 400 milhões de dólares e deverÁ duplicar o seu valor até 2015. Contudo, a expansão do mercado e a possibilidade de investimento de retalhistas multinacionais tem encontrado a feroz oposição dos retalhistas mais pequenos e causado alguma apreensão política. Mas as parcerias do grupo não são apenas económicas. Com efeito, a M&S juntou-se ao grupo Brandix, à MAS Holdings e ao grupo Hirdaramani no Sri Lanka para o aprovisionamento de vestuÁrio mais amigo do ambiente para os seus outlets de retalho. A M&S pretende, desta forma, aumentar as compras de vestuÁrio ecológico no Sri Lanka, em linha com o seu plano para ser carbono neutra até 2012. Fizemos enormes progressos no Sri Lanka. Três dos nossos fornecedores estão agora envolvidos em projectos para se tornarem mais “verdes”», revelou Neil Hackett, director da M&S para o Sri Lanka. A Hirdaramani e a MAS estão a construir novas fÁbricas ecológicas no seguimento destes acordos. A fÁbrica do Hirdaramani ficarÁ localizada em Agalawatte e vai estar pronta para operar comercialmente em Junho deste ano. JÁ o MAS construiu a fÁbrica no MAS Fabric Park em Thulhiriya (ver Soutiens mais verdes na M&S). Ao mesmo tempo, a Brandix estÁ a converter uma fÁbrica para corresponder aos padrões ecológicos. A unidade de produção Brandix Casualwear, em Seeduwa, estÁ a ser actualizada e funcionarÁ como projecto-piloto, devendo ser replicada assim que estiver concluída. Todas as três fÁbricas serão certificadas e fazem grandes investimentos em diversas técnicas ecológicas, como recolha da Água da chuva, fontes de energia renovÁveis, uso de luz natural para diminuir o consumo de energia e reciclagem dos desperdícios resultantes da produção de vestuÁrio. Cerca de 75 toneladas de resíduos destes três fornecedores jÁ foram reciclados e reutilizados na índia, tendo voltado a integrar peças de vestuÁrio», revelou Hackett. A M&S estÁ também a abastecer-se com vestuÁrio de comércio justo no Sri Lanka, tendo vendido, só no ano passado, 3 milhões de t-shirts de comércio justo nos seus outlets.
