A distinção é atribuída pela CITE – Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego e a distinção das empresas é feita com base nos balanços salariais que todas as empresas submetem no Relatório Único, destacando-se as empresas que apresentam uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens entre 1% e -1%.
Para a A. Sampaio & Filhos, que emprega 185 pessoas, dos quais 111 homens e 74 mulheres, «este reconhecimento é um testemunho do compromisso contínuo da A. Sampaio com a igualdade de género e a eliminação das disparidades salariais», refere em comunicado enviado ao Portugal Têxtil.
A CITE indica que a distinção, «materializada num certificado e num selo digital, tem por objetivo distinguir as empresas com mais de 1 trabalhador/a, que possuam um rácio de pelo menos 1/3 do sexo menos representado e que apresentem uma taxa de desigualdade salarial entre mulheres e homens, apurada no âmbito do balanço das diferenças remuneratórias entre mulheres e homens».
O Selo da Igualdade Salarial 2023 foi atribuído a mais de 14.100 empresas, que em conjunto empregam mais de 295.600 trabalhadores. A distinção foi anunciada ontem, Dia Nacional da Igualdade Salarial em Portugal, uma data que não é fixa porque «representa o número de dias de trabalho em que as mulheres virtualmente deixam de ser remuneradas, enquanto os homens continuam a receber os seus salários», indica a entidade
De acordo com os dados disponíveis mais recentes, citados pela CITE, a disparidade salarial entre homens e mulheres corresponde a 48 dias de trabalho pagos aos homens, mas não pagos às mulheres. Apesar de a diferença salarial entre sexos ter diminuído em 2021 (-13,1%) face a 2020 (-13,3%), as mulheres ainda ganham menos 150,30 euros do que os homens, sendo que estas discrepâncias se acentuam à medida que as qualificações e responsabilidades aumentam, sublinha a CITE, que indica que, em média, mulheres em cargos de topo ganham menos 593,30 euros do que os homens, e entre pessoas com ensino superior, a diferença é de 504,90 euros.