Depois da primeira parte, o Portugal Têxtil apresenta aqui a conclusão deste estudo efectuado pela TNS Secodip e TNS Media Intelligence em França, no ano passado.
Ainda no que se refere ao grupo etário dos 15-19 anos, este estudo conclui que as grandes cadeias retalhistas são o local preferido para comprar roupa e acessórios de moda, em especial as cadeias especializadas em artigos desportivos. Nomes como a Jennyfer, Pimkie, Intersport, Décathlon e Go Sport figuram entre as insígnias mais citadas pelos consumidores inquiridos. Refira-se ainda que este segmento de idade gasta mais em vestuário do que os restantes consumidores franceses, com uma gasto médio anual de 962 euros. Outro aspecto interessante neste grupo etário é a influência das marcas, sendo que 75% dos inquiridos afirmou a sua autonomia no que toca à escolha dos artigos de vestuário, número que cresce para os 85% nas jovens raparigas, tendo 38% afirmado mesmo comprar esta roupa com o seu próprio dinheiro. Quanto aos jovens casais com menos de 35 anos e sem filhos, estes representam 6% dos compradores e 6% das despesas em vestuário, enquanto as suas compras constituem 5%, em termos de volume. Segundo os autores deste estudo, esta faixa dá muita importância à moda e à sedução, fazendo da roupa o seu modo de expressão, e adorando mudar frequentemente de estilo. Ainda no âmbito dos jovens casais franceses sem filhos, 88% das mulheres inquiridas afirmaram que o vestuário constitui uma das suas armas de sedução (percentagem que baixa para os 67% entre os homens), e 60% reconhece a importância da roupa na criação do seu estilo e imagem pessoal. De acordo com o estudo Générations Mode, dois terços dos lares analisados e que se enquadram neste grupo, fazem parte da classe média e média-alta, e as compras feitas em períodos de saldos representam quase metade (46%) das aquisições totais de roupa efectuadas pelo casal, sendo as mulheres as maiores compradoras dos mesmos lares, com 59% do total dispendido neste segmento de produtos. Quanto aos homens, revelam um verdadeiro potencial de autonomia, já que 90% dos que responderam ao inquérito em causa afirmam apreciar bastante os espaços comerciais a eles dedicados, mostrando ainda que também cedem, embora mais ocasionalmente, a artigos de marcas caras (70%, face à média geral que é de 49%). Aliás, a marca figura mesmo entre os principais critérios das suas escolhas, à frente de factores como a qualidade, a originalidade e o corte da peça de roupa. Entre os indivíduos que fazem parte deste focus group, as grandes cadeias de têxteis e vestuário assumem-se como os locais preferenciais de compras H&M, Celio e Etam a par da Décathlon e Carrefour, sendo igualmente a faixa que mais gasta em vestuário, com uma média anual de 697 euros, correspondentes a 36 artigos. No que se refere às famílias maternais, compostas por casais com filhos em tenra idade, estas constituem 7% dos consumidores, representando no entanto 14% das compras em volume, embora apenas 10% em termos de valor. Revelando uma ordem diferente de prioridades, os homens deste segmento familiar consideram as compras de roupa como uma obrigação, mais do que um prazer ou uma afirmação de estilo e personalidade. Refira-se ainda que cerca de três quartos dos membros desta tipologia familiar pertencem à classe média e média-baixa, mas curiosamente são os que mais compras em volume efectuam anualmente, com uma média de 67 artigos adquiridos por ano. Em relação ao peso da roupa para crianças, ela constitui 59% das compras em volume, e 45% em valor dispendido. Esta proporção aproxima-se dos restantes tipos de agregado familiar analisados, sendo 62% do orçamento para vestuário gasto com as crianças na idade de escola primária, enquanto os jovens que frequentam o liceu absorvem, em média, 42% desse mesmo orçamento. Finalmente, o critério dos preços baixos assume aqui um papel preponderante, sendo as lojas preferidas as mais económicas, como a Kiabi e La Halle.