Em crescimento constante, a marca, que veste bebés dos 3 aos 36 meses e crianças até aos 14 anos, tem registado «crescimentos muito consideráveis nos últimos anos. Nos primeiros oito anos, a marca representava 5% das vendas. Neste momento, representa 20% e está em crescimento. Inicialmente, tivemos que investir na marca e agora ela já é sustentável. Paga salários, paga malha, paga produções», garante, ao Portugal Têxtil, o diretor-geral da Play Up, Bruno Correia. «À data de hoje, 2019, estamos, em faturação, face ao ano passado, 40% acima», acrescenta.
Para o crescimento da Play Up muito tem contribuído a sua reconhecida aposta na sustentabilidade. Na mais recente edição da Pitti Bimbo, a Play Up virou a página com a coleção primavera-verão 2020, intitulada «Embracing Slow Making», para chegar ao terceiro capítulo das colaborações que tem vindo a realizar com artistas portugueses.
No verão passado, deu início às parcerias com a ceramista a Anna Westerlund, seguindo-se, na coleção de outono-inverno, uma parceria com «a artesã que faz malhas com lãs portuguesas, Catarina Seixas. Nesta estação, o capítulo três, estabelecemos uma parceria com a Rita Sevilha, que faz peças de bijuteria com materiais que recolhe do mar e das praias», conta o diretor-geral da Play Up.
60% da coleção de primavera-verão 2020 é 100% algodão orgânico e as peças contam com certificação Oeko-Tex. «Temos ainda peças que são tintas em peça, ou seja, que são feitas através de processos que têm em conta a reciclagem da água e o reaproveitamento, para diminuir o impacto sobre o planeta. A peça é confecionada sem cor, em meio branco, e depois vai a tingir numa cor da coleção, seja o amarelo, o laranja… As imperfeições da peça são mais naturais e mais orgânicas», esclarece.
A produção feita 100% em Portugal é também outra das bandeiras da marca. «A nossa produção respeita aspetos éticos. Valorizamos as pessoas e o planeta. Não é uma produção feita na China, na Índia, no Bangladesh ou no Paquistão, em que não se respeitam os direitos e as crianças trabalham sete dias por semana», frisa.
Itália como principal destino
Com cerca de 700 clientes ativos, espalhados por todo o mundo, a Play Up pertence à Etfor, onde trabalham 110 pessoas, das quais cerca de 20 estão dedicadas à marca. Atualmente, o mercado externo representa 95% das vendas da Play Up e Itália é um dos seus mercados mais importantes. «Itália é o país da moda. É um país onde temos muito sucesso. Os clientes valorizam o tipo de coleção que nós fazemos: a sustentabilidade, a gama de cores, o tipo de produto que apresentamos e a modernidade da coleção», considera Bruno Correia. A Play Up também chega a países como Espanha, Alemanha, França, Suíça, Áustria, Bélgica, Holanda e EUA.
A marca conta ainda com uma plataforma business to business, onde os clientes se podem registar online e fazer as suas compras, «o que facilita muito o negócio. Fizemos um upgrade o ano passado, para novas plataformas, tanto business to business como business to consumer», revela.