A Calvin Klein anunciou a eliminação de cerca de 90 postos de trabalho sobre um total de 900 na sociedade nova-iorquina. Esta reestruturação está ligada ao desaparecimento da linha de «bridge» para homem e senhora nos Estados Unidos. Esta linha intermédia entre a colecção topo de gama e a de pronto a vestir tem sido gerida directamente pela sociedade Calvin Klein. O criador americano tem a intenção de se concentrar sobre a colecção que representa, explica ele, «a imagem da marca». As grandes lojas americanas, parecem estar cada vez menos a ser procuradas por compradores de «bridge». Segundo Calvin Klein, «O comprador médio procura vestuário mais maduro e conservador». A Calvin Klein paga agora pelo abrandamento geral da economia americana. E esta situação é tanto mais importante como a sua imagem ter sido seriamente manchada pelo conflito dos meses anteriores com o seu principal licenciado, a sociedade Warnaco. Se, em Janeiro último, as duas partes se tivessem entendido às portas do tribunal de Nova Iorque, os consumidores, esqueceriam mais facilmente os conflitos entre o criador e o seu fabricante. Em Nova Iorque, os meios de negócios evocam a possível venda da licença dos jeans e roupa-interior da Calvin Klein. Na Bolsa, os títulos Warnaco baixaram de 11 dólares (2.563 escudos) no ano passado, para menos de 1 dólar (233 escudos) nos últimos dias. Certos accionistas terão mesmo feito queixa contra a Warnaco e a sua Direcção Geral, acusando-os de ter ocultado «a verdadeira condição financeira» do grupo.