Apesar do abrandamento da conjuntura internacional, o grupo Benetton aposta num novo crescimento das suas vendas consolidadas no fim do ano, devendo as mesmas atingir 2,10 mil milhões de euros (421 milhões de contos) contra os 2,02 mil milhões de euros (404 milhões de contos) em 2000. Em compensação, o resultado líquido, que se elevou a 243 milhões de euros (48 milhões de contos) no ano passado, deverá diminuir ligeiramente, devido especialmente aos grandes investimentos destinados à aquisição de espaços para a abertura de novas mega lojas. As previsões reflectem o estado do grupo a 30 de Setembro de 2001. No decorrer dos nove primeiros meses do ano, o volume de negócios consolidado progrediu 5%, estabelecendo-se em 1,52 mil milhões de euros (304 milhões de contos). Em compensação, o resultado líquido diminuiu para 98,6 milhões de euros (19 milhões de contos), contra os 108,1 milhões de euros (21 milhões de contos) conseguidos no mesmo período em 2000. O resultado operacional diminuiu igualmente 14,4% para 191,8 milhões de euros (38 milhões de contos). O crescimento das vendas consolidadas diz respeito essencialmente ao sector do vestuário casual, que engloba as marcas United Colors of Benetton, Undercolors e Sisley. Estas progrediram 8,1% para 1,16 mil milhões de euros (232 milhões de contos). A marca têxtil (tecidos, produtos semi-acabados), aumentou também 19% para 110,2 milhões de euros (22 milhões de contos). Em relação à divisão desportiva, com as marcas Playlife, Nordica, Prince, Rollerblade e Killer Loop, conheceu algumas dificuldades, em parte devido ao abrandamento geral do sector e á crise de certos tipos de produtos como os patins. Desta forma, o seu volume de negócios baixou 34 milhões de euros (6 milhões de euros), situando-se agora nos 245,8 milhões de euros (49 milhões de contos). Apesar da sua presença em mais de 120 países, a Benetton posiciona-se acima de um grande grupo europeu. O Velho Continente representa mais de 68% das suas vendas consolidadas, tendo ainda progredido 10,2% no decorrer dos nove primeiros meses. Em compensação, o grupo recuou na Ásia e no Continente Americano. O grupo que investiu mais de 150 milhões de euros (30 milhões de contos) na modernização e aquisição de imóveis durante os nove primeiros meses, continua a apostar na criação de mega lojas. Depois de Milão, com 4 000 metros quadrados em Vercelli e as duas mega lojas em Paris, a Benetton deverá ainda proceder à abertura de cerca de 20 grandes formatos até ao final do ano, nomeadamente em Londres, Nova Iorque, Bruxelas, Madrid, Barcelona e Lisboa. Esta política diz respeito também ao Japão, onde a Benetton conta actualmente com 4 lojas principais e uma cadeia de 230 lojas, estando então programadas para este país, seis novas mega lojas para serem abertas durante o ano 2002. O objectivo é chegar a um total de 300 mega lojas em todo o mundo até 2004. Mas o grupo Benetton deverá igualmente concentrar os seus esforços na divisão desportiva. O seu programa de desenvolvimento prevê especialmente a abertura de lojas Playlife, cujo número passará a 200 antes do fim do ano 2002. Os seus dirigentes esperam igualmente melhorar a difusão das suas marcas nas cadeias de distribuição especializadas e nas grandes lojas, aumentar a sua presença nos acessórios com as marcas Killer Loop e Playlife, desenvolver o vestuário de ski e ainda, progredir com os acordos de licenças.